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Socorro! Quem salva os brasileiros?

15/04/2017 Jornal da Orla
Socorro! Quem salva os brasileiros? | Jornal da Orla
Balançou a República, mas o mundo não acabou. Está certo que ficou mais difícil viver no Brasil, os tempos são sombrios o futuro incerto. Mas a vida segue e… as principais lideranças políticas do país, todas elas enroladas na Lava Jato, já articulam um pacto para tentar sobreviver à tempestade.
 
Sarney, Collor, Fernando Henrique, Lula, Dima, Temer, os presidentes da Câmara e do Senado, ministros de Estado e uma infinidade de figurões que fazem parte da elite política que comanda a política do país figuram entre os citados nas delações dos executivos da Odebrecht.
 
Mais estragos
Outras delações de grandes empreiteiros prometem mais estragos e já se fala abertamente que vão surgir nomes de integrantes do Judiciário. Onde tudo isso vai parar só Deus sabe. 
 
A nata política brasileira tenta reagir – para se manter no poder e, mais ainda, para escapar da prisão. As cenas dos próximos capítulos são imprevisíveis, mas, por precaução, é melhor tirar as crianças da sala.
 
Aventureiro
O Jornal Folha de S. Paulo e o Uol, do mesmo grupo, divulgaram na sexta-feira que o acordo entre os políticos para salvar o pescoço já está em andamento. Integrantes de grupos ligados a Temer, FHC e Lula compartilham da tese de que está em andamento um processo para exterminar a classe política. 
 
Então seria preciso a união de todos para promover uma reforma que impeça que o poder caía na mão de “um aventureiro”. Para esse grupo, o objetivo de integrantes da Lava Jato é o de exterminar a classe política e abrir espaço para um novo projeto de poder.
 
O fato é que, ameaçada, a classe política vai se unir num projeto de auto-preservação. Se a manobra vai dar certo, só o tempo dirá, mas, como dizia o então ministro Pedro Malan – no Brasil, até o passado é imprevisível.
 
Cadê o dinheiro?
Na delação premiada, executivos da Odebrecht relataram dois repasses ao deputado federal Beto Mansur (PRB), num total de R$ 550 mil. Em entrevista coletiva na quinta-feira (12), ele afirmou que recebeu só R$ 450 mil, tudo de maneira legal. 
 
E esta diferença? “Não recebi este dinheiro”, responde Mansur, categórico. Então, onde foram parar os R$ 100 mil?

Papa garante lisura nos atos

Apontado por delatores da Odebrecht como recebedor de R$ 600 mil via caixa 2, o deputado federal João Paulo Tavares Papa (PSDB) afirma estar surpreso por estar sendo investigado. “Possuo mais de 30 anos de uma vida pública marcada por muito trabalho e absoluto respeito às leis em todos os cargos que exerci. Participei, como candidato, de três eleições, em 2004, 2008 e 2014, e sempre pautei minhas ações com transparência e lisura”, afirma. “Todos os recursos captados foram declarados conforme as leis vigentes. Todas as minhas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral, sem ressalvas”, completa.