Está cada vez mais complicada a situação do presidente Michel Temer. A confirmação por parte de Marcelo Odebrecht de que sua empresa repassou R$ 150 milhões para a campanha da chapa Dilma/Temer pode fazer com que o atual presidente tenha o mesmo destino de sua antecessora.
Como a questão está sendo discutida no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Temer ainda pode recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) e tem a seu favor a lentidão da Justiça. Impetrando vários recursos, o julgamento do processo pode demorar meses.
Devastadoras
Do ponto de vista político, no entanto, as delações implicando Temer no escândalo da Lava Jato são devastadoras para o atual inquilino do Palácio do Planalto. Para complicar, vários de seus ministros e assessores foram citados por delatores da Lava Jato. Por tudo isso, a popularidade de Temer não para de cair, fazendo dele um presidente tão impopular quanto foi Dilma.
Tucano abatido
Outro cacique político que está em maus lençóis na Lava Jato é o senador tucano Aécio Neves. O ex-presidente da Odebrecht Infraestruura, Benedito Júnior, declarou ao TSE que a empresa doou R$ 9 milhões em caixa dois (o que é proibido por lei) para as campanhas eleitorais do PSDB, a pedido de Aécio Neves.
Um inferno
O senador mineiro nega, diz que sempre agiu dentro da lei, mas as delações de executivos da Odebrecht estão fazendo da vida de Aécio um inferno. Com a imagem abalada pelas denúncias, seu sonho em voltar a disputar a presidência da República, em 2018, parece cada vez mais distante.
Além de Temer e de Aécio, diversos outros tigrões da política nacional devem ser abatidos tão logo sejam tornadas públicas as delações dos executivos da Odebrecht. Em Brasília, o mar não está para peixe e muito menos para os tubarões.
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