Santos

Prefeito anuncia medidas para economizar R$ 90 milhões

15/12/2016 Da Redação
Prefeito anuncia medidas para economizar R$ 90 milhões | Jornal da Orla
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) anunciou na quarta-feira (14) uma série de medidas que vão resultar na economia de R$ 90 milhões do orçamento municipal e também a intenção de vender propriedades do município avaliadas em R$ 100 milhões. 
 
Segundo ele, haverá renegociação de contratos com fornecedores da Prefeitura, redução de horas extras e nos gastos com eventos e até combustível. Ele garantiu que não haverá prejuízo na qualidade dos serviços prestados à população.
 
O prefeito explicou que as ações têm como objetivo adequar as condições financeiras da Prefeitura, diante de um quadro de crise econômica nacional. 
 
Venda de ativos
O prefeito informou que está sendo concluído um levantamento das áreas e imóveis pertencentes ao município que serão vendidos. Entre eles, uma área de 25,3 mil m² na Alemoa, cujo valor venal é de R$ 22 milhões.

Recuperação de dívidas
Paulo Alexandre também revelou que a cidade tem cerca de R$ 2 bilhões em tributos a receber e, para tentar recuperá-los, será realizado um programa de incentivo para quitação de débitos. “Não fizemos este ano porque e lei eleitoral proíbe”, explicou.
 
Mudança no secretariado
O prefeito anunciou também a troca do comando da Secretaria de Educação: no lugar de Venúzia Nascimento, assume Carlos Alberto Mota (atual secretário de Defesa da Cidadania). Paulo Alexandre Barbosa confirmou nos cargos o presidente da Cohab Santista, Maurício Prado; e os secretários Carlos Alberto Russo (Serviços Públicos) e Rosana Russo (Assistência Social). “Administração pública é uma corrida de revezamento. Tivemos avanços significativos e vamos continuar obtendo”, disse.

Delação da Odebrecht derruba amigo de Temer
O processo de delação da Odebrecht apenas começou e já derrubou José Yunes, assessor especial da presidência da República e amigo de Michel Temer há 50 anos. Em carta ao presidente, quarta-feira (14), Yunes disse que a delação do ex-executivo da empreiteira, Cláudio Melo Filho, jogou seu nome “no lamaçal”. O amigão de Temer afirma: “Repilo com força de minha indignação essa ignominiosa versão”. 
 
Yunes é o primeiro nome do governo Temer a cair em função do acordo de delação firmado pela Odebrecht, acordo conhecido como “a delação do fim do mundo”. Pelo andar da carruagem, muitos outros figurões do governo vão dançar  ainda.
 
Para quem foi a grana
Segundo Melo Filho, R$ 4 milhões em dinheiro vivo foram entregues para José Yunes, em seu escritório. O dinheiro seria destinado ao atual chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que até o encerramento desta edição continuava ministro. Ao total, a propina, chamada eufemisticamente de caixa 2, foi de R4 10 milhões, dinheiro que teria sido acertado pelo próprio Temer com Marcelo Odebrecht – que está preso -, que à época presidia o conglomerado.
 
Situação difícil
O lamaçal da corrupção está subindo e chega ao Palácio do Planalto. A cada dia fica mais complicada a situação do presidente Michel Temer. E as delações da Odebrecht só começaram…