Santos

Prefeito anuncia medidas para combater crise econômica

03/12/2016 Da Redação
Prefeito anuncia medidas para combater crise econômica | Jornal da Orla
Para atenuar os efeitos da crise econômica nacional, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), anunciou na sexta-feira (2) uma série de medidas de redução de gastos. Entre elas, a criação de uma supersecretaria (Governo), que vai acumular as atribuições de outras repartições, como a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que será extinta. O titular da nova pasta é Rogério Santos, que hoje é o chefe de Gabinete do prefeito.
 
Barbosa explicou que a Secretaria de Governo será responsável por projetos “estruturantes”, como a as obras na entrada da cidade, o Santos Novos Tempos e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Além disso, ficará responsável por iniciativas como a de economia criativa, que objetiva a geração de emprego e renda. 
 
Transparência e Resultados 
O jornalista Rivaldo Santos, que ocupava a Secretaria de Comunicação e Resultados, será fortalecido: ele passa a ocupar um órgão que reunirá Ouvidoria, Transparência e Controle, que inclui a Controladoria Geral e a Comissão Permanente de Inquéritos e Sindicâncias Administrativas. “Transparência é imprescindível”, frisou o prefeito. 
O prefeito informou também que a Procuradoria Geral do Município vai passar por um amplo processo de informatização, para agilizar a cobrança de tributos atrasados. 
 
Redes sociais
Luis Guimarães permanece na pasta responsável pela comunicação do governo, que perde as atribuições dos Resultados (transferida para Ouvidoria) e volta a se chamar Secretaria de Comunicação (Secom). Entre as prioridades está a ampliação do uso das redes sociais. “Hoje somos referência, somos a 16ª terceira prefeitura mais conectada da América Latina e queremos melhorar ainda mais, aperfeiçoar a interação com a imprensa e a população em geral, prestar contas com efetividade”, disse o prefeito. 
 
Queda na arrecadação
Paulo Alexandre Barbosa anunciou também que todos os contratos da Prefeitura serão renegociados. “Não se renova contratos sem descontos”, garantiu. “A economia do país está derretendo e Santos não fica imune a isso”, completou. 
O prefeito revelou que os cofres municipais arrecadaram R$ 120 milhões a menos do que o previsto em 2015. “Caso a expectativa tivesse se confirmado, sobrariam R$ 30 milhões. Só de ICMS, houve uma queda de 20%”. 
 
Dívidas equacionadas
Barbosa garantiu que as principais dívidas do município estão sendo equacionadas. As principais pendências são com a empresa de limpeza urbana (R$ 70 milhões) e o atraso de repasse ao Instituto de Previdência (R$ 22 milhões). “Estamos em negociações avançadas com a Terracom. Em relação ao Iprev, enviamos um projeto à Câmara para parcelarmos os débitos em 60 vezes. O Ministério da Previdência já nos autoriza a fazer isso, a proposta encaminhada à Câmara é para regulamentar o valor de juros e fatores de correção. Espero contar com a sensibilidade dos vereadores”, disse. Segundo ele, o Iprev recebeu da Prefeitura, este ano, R$ 220 milhões e tem em caixa R$ 830 milhões. “É um dos maiores patrimônios do país, os servidores podem ficar tranquilos”.
 
Dança das cadeiras
O prefeito afirmou também que haverá trocas de titulares nos cargos do primeiro escalão, que serão anunciadas até sexta-feira (9). 
 
Gilmar Mendes peita Moro
O ministro do STF, Gilmar Mendes, quem diria, deu o maior banho do juiz Sérgio Moro, ao apresentar argumentos consistentes contra o projeto concebido pelos procuradores de Curitiba. Gilmar explicou que a proposta tem uma concepção autoritária e que o problema não é apenas as autoridades da Lava Jato, mas “o guarda da esquina”.
 
“Simplesmente acaba com o habeas-corpus”, exemplificou. “Duvido que quem assinou concorde com isso. Não venham com argumento de chancela de 2 milhões de pessoas. Projeto de iniciativa popular? É só ficar no Viaduto do Chá que se consegue assinaturas. Se eu contratar o Sindicato dos Camelôs em consigo 300 mil assinaturas”, disse, na reunião realizada quinta-feira (1), no Senado, para debater a questão.
 
Squassiona nega ter mudado de ideia
O deputado federal Marcelo Squassioni (PRB) não ficou contente com a nota publicada na edição da semana passada, dando conta que ele mudou de ideia em relação à saída de Geddel Vieira Lima do governo Temer. Antes de declarar que “Geddel acertou em pedir seu desligamento”, Squassioni havia assinado um Manifesto de Apoio a Geddel. 
 
“O deputado não mudou de ideia, à medida que assentiu às explicações do ex-ministro ainda antes de seu pedido de demissão e também quando o mesmo decidiu se demitir para não prejudicar a condução do Governo em mais um episódio polêmico”, diz nota enviada pela assessoria do deputado.
 
Squassioni diz que, antes de assinar o Manifesto de Apoio, na qualidade de vice-líder do governo, ouviu pessoalmente os argumentos do então ministro Geddel e concluiu que não houve pressão, mas, sim, “um choque de opiniões entre ele e o ministro Calero”.
Então tá.
 
Grande jogada
Por falar em Squassioni, ele não participou da polêmica votação das medidas anticorrupção por estar em viagem oficial aos Estados Unidos, para conhecer como funciona o jogo legal. 
 
Deu ruim pro Beto
No Brasil, o deputado Beto Mansur (PRB) não teve sossego, por conta de seus votos. O movimento Brasil Livre não larga do pé dele e postou nas redes sociais uma foto do parlamentar com dois chifrinhos de diabo, com a inscrição: “Vergonha, votou contra a Lava Jato! Não será reeleito, traidor!”.
 
Ao postar uma nota de pesar pelo acidente com o avião da Chapecoense, recebeu uma enxurrada de críticas. No facebook, foram mais de 300 reclamações.
Óleo de peroba nele!
 
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PDMB), disse que a Operação Lava Jato é “sagrada”.
 
Gangrena
Os últimos acontecimentos estão demonstrando o que Romero Jucá, flagrado numa gravação, queria dizer com “estancar a sangria”.