Em Off

chr39Vou trabalhar mais e melhorchr39, diz Paulo Alexandre Barbosa

08/10/2016 Jornal da Orla
chr39Vou trabalhar mais e melhorchr39, diz Paulo Alexandre Barbosa | Jornal da Orla
Eleito prefeito de Santos pela segunda vez no primeiro turno, fato inédito na cidade, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) diz estar consciente de que sua expressiva votação (172.215 votos, 77,74% dos votos válidos), aumenta sua responsabilidade de fazer um bom governo, num cenário de crise econômica nacional. Ele credita o resultado da eleição ao reconhecimento da população à serie de ações realizadas neste primeiro mandato. “É um trabalho de equipe, de um time, ninguém faz nada sozinho”, argumenta. Paulo Alexandre garante que vai realizar os ajustes necessários para manter a saúde financeira da Prefeitura, sem deixar de realizar grandes obras, como a entrada da cidade e o projeto Santos Novos Tempos. Abaixo, os principais trechos da entrevista:
 
Avaliação do mandato
Procurei fazer um trabalho com seriedade, com comprometimento com a cidade. Alcançamos resultados importantes, na saúde, na educação, avançamos em grandes obras aguardadas há muito tempo pelos santistas. Houve o reconhecimento a este trabalho nas urnas, um trabalho de equipe,ninguém faz nada sozinho. Não é mérito do prefeito, mas do coletivo, de todas as pessoas que ajudaram, se empenharam bastante. 
 
Expectativa
Já disse isso para a minha equipe, a cobrança será proporcional à confiança que foi depositada nas urnas. A votação expressiva aumenta a minha responsabilidade, mas a população pode ter certeza de que terá um prefeito que vai trabalhar mais e melhor. É o meu compromisso. Quero que, daqui a quatro anos, o morador tenha ainda mais orgulho de dizer que é santista. Enfrentamos as piores adversidades nestes quatro anos. Quem enfrentou o que enfrentamos, está preparado para enfrentar tudo nos próximos quatro anos.
 
Situação financeira
Vamos tomar todas as medidas necessárias para preservar a saúde financeira do município, para manter nossa capacidade de investimento, em áreas vitais, como saúde, educação e social. São as mais demandadas pela população em momentos de crise. Vamos seguir com nosso trabalho de ajuste fiscal, que é uma obra sem fim. É preciso investir permanentemente em corte de gastos, despesas de custeio. Meu primeiro ato, em 2013, foi criar o programa Eficiência Total, que tinha justamente esta premissa. Nos últimos quatro anos, não criamos um cargo em comissão, zero. Nos próximos quatro, nós vamos diminuir aqueles que existem.
 
Prioridades
Eu disse isso na campanha. Quando se faz uma campanha limpa, transparente, a gente tem uma vantagem muito grande que é repetir tudo aquilo que falamos durante a campanha. No primeiro mandato, demos a largada em obras estratégicas para a cidade. Obras estruturantes, como o VLT, a entrada da cidade, o Hospital dos Estivadores. Agora, nos próximos quatro anos, é garantir a conclusão de tudo. E, o principal, manter o equilíbrio das contas da Prefeitura, para que a gente continue tendo capacidade de investir na saúde, na educação e no social. 
 
Hospital dos Estivadores
Estamos trabalhando desde o início do governo. Conseguimos recursos do Estado, R$ 25 milhões, e investimos recursos do município. A obra está pronta, a melhor infraestrutura da Baixada Santista e certamente uma das melhores do Brasil. Já é uma referência. O custeio sempre é o grande desafio na saúde, mas já temos um convênio assinado com o Estado que nos garante 50% dos recursos necessários para as despesas do dia a dia. Temos a necessidade da participação do governo federal. Até agora, só tivemos dinheiro do Estado e do contribuinte santista. Se o hospital está pronto é mérito da população que recolhe seus impostos regularmente, paga em dia os tributos. É inadmissível um hospital metropolitano sem um centavo do governo federal. Os demais municípios têm consciência da importância do Hospital dos Estivadores, que vai atender pacientes de todas as cidades, assim como já acontece nas UPAs da cidade. No PS da Zona Noroeste, por exemplo, 60% dos atendimentos são de pessoas de outras cidades. Com todas as dificuldades, nosso sistema é uma referência para a região metropolitana. Não vamos fugir da nossa responsabilidade, mas precisamos da participação do governo federal com recursos. Vamos começar a reabertura do Estivadores pela maternidade, vamos ter santista nascendo lá ainda em 2016.
 
Santos Novos Tempos
O projeto tem o objetivo de acabar com as enchentes e alagamentos na Zona Noroeste, que é um problema que tem mais de 50 anos. É uma região que está localizada abaixo do nível do mar. Fizemos uma grande intervenção na área de habitação, as pessoas que vivem nas áreas de palafitas precisam ser retiradas. Construímos 480 unidades, no conjunto Caneleira 4. Tiramos famílias da Vila Telma, Butantã e Mangue Seco, que hoje estão morando dignamente. Estamos construindo mais 1.320 unidades, no Caneleira e no Tancredo Neves. São investimentos de R$ 170 milhões na frente de habitação. Fizemos a dragagem no Rio São Jorge, que é o mais importante da Zona Noroeste. Tiramos 66 piscinas olímpicas de resíduos, para que a água possa escoar. Nos próximos quatro anos, vamos realizar outras etapas importantes. 
 
Entrada da cidade
Dividimos a responsabilidade por esta obra, que tem um valor estimado em R$ 750 milhões, com o Estado e a União. A Prefeitura ficou responsável por uma parte, o Estado outra e a União, outra. O município fez o projeto de suas obras, buscou financiamento, de R$ 290 milhões, fizemos o licenciamento ambiental, a primeira licitação e a obra já começou. A parte do município está andando, no Jardim São Manoel, Jardim Bom Retiro, na avenida Jovino de Melo. Teremos corredores de ônibus, são 24 quilômetros, reurbanização dos bairros no entorno da entrada da cidade, Piratininga, São Manoel, Vila Haddad, Alemoa, Saboó, Bom Retiro… um grande esforço. É a maior obra viária na cidade dos últimos 30 anos. Nossa meta é entregar a parte da Prefeitura até o final do próximo governo. Isso envolve a construção do viaduto da entrada da cidade, que vai fazer a conexão da avenida Martins Fontes com a Nossa Senhora de Fátima, e a ponte sobre o Rio São Jorge. O Estado já autorizou a Ecovias a fazer o projeto executivo, já definiu os custos e agora a gente está aguardando autorização do Estado para início das obras, a expectativa é que tenhamos até o final do ano. Estou indo a uma reunião com o ministro dos Transportes para cobrá-lo em relação ao posicionamento do governo federal, que ainda não avançou na sua parte. É a mais atrasada. É uma importante melhoria no acesso ao Porto de Santos. A Prefeitura está fazendo sua parte mas o ideal é que cada um faça a de sua competência.