O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) deve registrar a marca de R$ 1 trilhão nesta terça-feira (5). A previsão é que o nível trilionário de impostos seja alcançado às 13h30. Demorou seis dias a mais para atingir o valor este ano, em comparação a 2015, por causa de de uma queda forte da arrecadação causada pela retração da atividade econômica. 

 

“Apesar dos aumentos realizados pela administração anterior, vimos que a arrecadação não melhorou em nada. Ou seja, não surtiu nenhum efeito nos cofres do governo. E a carga tributária já está no limite”, escreveu, em nota, o presidente da ACSP, Alencar Burti.

 

“O atual governo precisa focar no controle dos gastos de médio prazo e deixar a economia se recuperar. Embora o PIB não vá crescer neste ano, já há fortes indícios de que o segundo semestre será melhor para todos os setores da atividade econômica”, disse.

 

A primeira vez que o Impostômetro chegou à marca de R$ 1 trilhão foi em 18 de dezembro de 2007. O painel foi implantado em 2005 e abrange o total de impostos, taxas e contribuições pagas pela população brasileira nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal).

 

O equipamento do Impostômetro está localizado no centro da capital paulista e foi criado com o objetivo de dimensionar o tamanho da carga tributária paga pelos brasileiros.

 

Sonegômetro

O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional irá instalar nesta quarta-feira (6), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, o Sonegômetro, painel que denuncia os valores astronômicos da sonegação fiscal no Brasil.

 

“O déficit de R$ 170 bilhões previsto pelo governo interino de Michel Temer para 2016 seria equacionado com folga se os bilhões de impostos sonegados no país desde o início do ano fossem recuperados”, afirma o presidente da entidade, Achilles Frias. 

 

Posicionada junto ao painel do Sonegômetro, estará a Lavanderia Brasil, uma máquina de lavar gigante que simboliza a lavagem de dinheiro no país.

 

Segundo Frias, a exibição do Sonegômetro e da Lavanderia Brasil tem como objetivo principal chamar a atenção dos brasileiros e parlamentares do Congresso Nacional para a necessidade de debater a sonegação fiscal no Brasil e o prejuízo que recai sobre os cidadãos comuns e pequenos empresários. 

 

“Ao lançar mão da sonegação fiscal, os grandes empresários conseguem produtos e serviços mais baratos. O pequeno empresário é a vítima dessa realidade pois, além de não conseguir crescer, sofre com a concorrência desleal”, explica Frias, que acompanhará a ação na Esplanada dos Ministérios.