A obra do Hospital dos Estivadores custa, atualmente, quase R$ 50 milhões. Informação foi divulgada na noite de terça-feira (23_, na Câmara de Santos, pelo arquiteto da Secretaria de Infraestrutura e Edificações, Ronald do Couto Santos, durante audiência pública da Comissão Especial de Vereadores (CEV).

 

“Nós já tínhamos ideia de que o valor da obra estaria neste patamar, só não havia a confirmação por da Prefeitura, que divulgava sempre o valor inicial, de R$ 25,8 milhões. No entanto, durante o processo de reforma, foram feitos três aditamentos. O importante é que, finalmente, chegou a nós o valor real da obra e estamos passando isso ao munícipe”, afirma o vereador Marcelo Del Bosco (PPS). 

 

Até o momento foram feitos três aditamentos que aumentaram o valor e o prazo para entrega do Hospital dos Estivadores. Os aditamentos somam mais de R$ 20 milhões. 

Além do valor da obra, a CEV foi informada pelo Chefe do Departamento de Atenção Pré-Hospitalar e Hospitalar, da secretária de Saúde, Marco Sérgio Neves Duarte, que o valor necessário para compra de equipamentos e mobiliários é de R$ 40 milhões. 

 

“Esse valor assusta. O valor pela Prefeitura era R$ 7,5 milhões para compra de equipamentos. O mais preocupante é que, hoje, a Prefeitura só dispõe de R$ 16 milhões deste montante e aguarda a liberação de emendas parlamentares para chegar aos R$ 40 milhões”, pontua Del Bosco. Neves Duarte relatou também que, a previsão para o custeio mensal é de cerca de R$ 10 milhões.

 

Ronald Couto Santos informou que o novo prazo para conclusão das obras é maio. “Entregaremos a obra por completo, com 100% do serviço feito. Aí, a operacionalização caberá à secretária de Saúde. Temos áreas praticamente concluídas. No final de março e começo de abril elas já poderão ser equipadas”, detalha.
 

Segundo o arquiteto, o atraso na entrega foi ocasionado por “problemas de patologias que só poderiam ser descobertos durante as obras, muitos problemas estruturais foram identificados no bloco A. 

 

De acordo com Neves Duarte, após a entrega da obra física, o prazo para a primeira ocupação é de até 60 dias. “O importante explicar que da fase 1 para a fase 2 de ocupação pode existir um intervalo de até 180 dias. A previsão é que o hospital funcione com sua capacidade plena no período máximo de um ano após a entrega da obra física, mas, esse período pode ser antecipado”. 

 

Segundo Del Bosco, os próximos passos da CEV serão: análise do contrato, dos valores aditados, os investimentos despendidos pelos governos Federal, Estadual e Municipal e uma nova vistoria na unidade. “Pedimos todos esses documentos em novembro e ainda não recebemos. Continuaremos acompanhando, fiscalizando e visitando as obras”, conclui.