Peste negra, cólera, tuberculose, gripe espanhola, Aids … Ao longo da história foram muitas as epidemias que mataram milhões de pessoas. Algumas doenças foram combatidas e até erradicadas graças ao desenvolvimento de medicamentos e vacinas; outras, embora ainda sem cura, podem ser mantidas sob controle.
Covid-19 – Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (Covid-19) foi descoberto em dezembro de 2019, após casos registrados na China, e tem se espalhado por vários países, levando cidades a entrarem em quarentena. O número de pessoas infectadas pelo Coronavírus, de acordo com a OMS, passou de 100 mil em todo mundo, das quais mais de 3.500 morreram em 101 países e territórios.
Peste Negra – Também conhecida como peste bubônica, a epidemia matou boa parte da população do planeta no século XIV, principalmente de países da Europa e Ásia. A doença foi sendo combatida à medida que foi se melhorando a higiene e o saneamento das cidades, diminuindo a população de ratos urbanos.
Cólera – Conhecida desde a Antiguidade, teve sua primeira epidemia global em 1817. O vibrião colérico é transmitido por meio de água ou alimentos contaminados. A cólera é uma doença que surgiu na Índia e se espalhou pelos demais países durante o século XIX, se disseminando através da contaminação de comida e água.
Tuberculose – O combate foi acelerado em 1882, depois da identificação do bacilo de Koch, causador da doença. Hoje, à base de antibióticos, a tuberculose pode ser curada com um tratamento intensivo, mas durante o século XIX, na Europa, a epidemia matou aproximadamente um quarto da população adulta do continente.
Varíola – A doença atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. Até celebridades da história como o faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida "bexiga". Uma vacina foi inventada em 1796 para combater a doença, mas ela voltou em 1960. É considerada erradicada do planeta desde 1980, após campanha de vacinação em massa.
Gripe espanhola – Em 1918, uma mutação do vírus da gripe se espalhou rapidamente pelo mundo e, em questão de um ano, matou pelo menos 50 milhões de pessoas. Foi batizada de gripe espanhola, embora tenha feito vítimas no mundo todo. No Brasil, matou até o presidente Rodrigues Alves.
Ebola – No ano de 2014 o mundo viveu o maior surto de ebola da história. O vírus, que mata entre 50% e 90% das pessoas que o contraem em questão de dias, ameaçou deixar a África e atacar outros continentes.
Tifo Epidêmico – Atormentou a humanidade durante muito tempo, matando milhares de pessoas. A doença é causada por um micróbio existente em piolhos. Uma vacina foi desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial e o tifo epidêmico hoje é bastante controlado, apresentando remotos casos em áreas da América do Sul, África e Ásia.
Sarampo – Altamente contagioso, era uma das causas principais de mortalidade infantil até a descoberta da primeira vacina, em 1963. Com o passar dos anos, a vacina foi aperfeiçoada, e a doença foi erradicada em vários países.
Malária – A Organização Mundial de Saúde considera a malária a pior doença tropical da atualidade. Em 1880, foi descoberto o protozoário Plasmodium que causa a doença, transmitida por picada de mosquito contaminado. As maiores epidemias de malária aconteceram durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial, matando milhões de pessoas.
Febre amarela – A doença se espalha de indivíduo para indivíduo por meio da picada do Aedes aegypti (ele mesmo) infectado. Matou milhões de pessoas no passado e hoje, apesar da vacina e dos programas de prevenção, a febre amarela ainda assola regiões da América do Sul e da África.
Poliomielite – A doença é causada pelo poliovírus, que ataca o sistema nervoso humano. Não existe cura efetiva para a poliomielite, mas a vacina, aperfeiçoada na década de 1950, garantiu o controle e extinção da doença em boa parte do mundo.
AIDS – Para terror da geração do "amor livre", a doença foi identificada em 1981, nos Estados Unidos, e logo ganhou o status de epidemia pela Organização Mundial de Saúde. Destrói o sistema imunológico, deixando o organismo frágil a doenças causadas por outros vírus, bactérias, parasitas e células cancerígenas.
A zona das zoonoses
De acordo com o escritor americano David Quammen, autor do livro Spillover: Animal Infections and the Next Human Pandemic ("Propagação: infecções animais e a próxima pandemia humana"), são as intervenções humanas na natureza, cada vez mais agressivas, que provocam o surgimento das chamadas zoonoses – a passagem de vírus dos animais para o homem.
No caso do Zika, pesquisadores que estavam investigando febre em macacos Rhesus em Uganda, África, isolaram o vírus em laboratório em 1952. Dois anos depois, foi isolado pela primeira vez de um homem na Nigéria, também na África. O nome refere-se à floresta de Zika, em Uganda, onde ocorreram os primeiros trabalhos.
Diferença entre surto, epidemia, pandemia e endemia
Surto- Acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades.
Epidemia- A doença é considerada uma epidemia quando há número de casos acima do esperado em diversas localidades. Uma epidemia a nível nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país.
Pandemia- Em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários. Ela acontece quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta.
Endemia- A endemia não está relacionada a uma questão quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita frequência no local.
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