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Novos medicamentos III

23/01/2016 Da Redação
Novos medicamentos III | Jornal da Orla
Respeitar o cidadão também é provê-lo de informações corretas e de fácil acesso, tanto ao público leigo quanto ao profissional. Por exemplo, quanto aos medicamentos, uma das informações importantes versa sobre os novos medicamentos disponibilizados ao público. As agências reguladoras americana (FDA) e europeia (EMA), similares à Anvisa, chamam a atenção para esse dado.
 
Em 2015, 45 novas substâncias foram aprovados nos EUA e 39, na Europa. Além de novas substâncias, que representam inovação e novas perspectivas terapêuticas, as agências reguladoras também aprovaram novos produtos que incluem substâncias antigas sob nova formulação de dosagem ou de forma farmacêutica, como um novo tipo de comprimido. Na Europa, foram 93 ao total.
 
A FDA ressalta alguns dados interessantes. O ano de 2015 teve muito mais substâncias liberadas do que a média anual para os últimos dez anos, que é de 28 novas substâncias por ano. Dessas 45 aprovadas em 2015, 16 delas representam a primeira substância de uma nova classe terapêutica, portanto maior potencial inovador, bastante interessante. Por exemplo, no início dos anos de 1980, o captopril representava uma inovação no tratamento da hipertensão. Foi a primeira substância da classe dos IECA. Nos dias de hoje, mais de 18 substâncias pertencem a mesma classe terapêutica, com o mesmo resultado.
 
Dentre as 16 novas substâncias, aprovadas pela FDA em 2015, há medicamentos anticancerígenos, os que controlam reações adversas de anestésicos ou anticoagulantes. O ano de 2015 foi muito interessante porque além das inovações, 21 das novas substâncias são indicadas para as “doenças órfãs”. Doenças que, por serem raras, atingem número reduzido de pessoas e, normalmente, não atraem o investimento das indústrias farmacêuticas, pois o investimento no desenvolvimento do produto é mais difícil.
 
No ano de 2015 também foram lançados novos medicamentos para hipercolesterolemia, antifúngicos, para diversos tipos de câncer, hepatite C, síndrome do intestino irritável e outros. Mas há de se ressaltar que, a despeito dos testes realizados para se garantir sua eficácia e segurança, é possível que algumas dessas substâncias sejam retiradas do mercado, após a constatação do surgimento de reações adversas não apresentadas durante a fase de testes.
 
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.