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Movimento de novembro no Porto de Santos confirma expectativa de recorde em 2015

23/12/2015
Movimento de novembro no Porto de Santos confirma expectativa de recorde em 2015 | Jornal da Orla
O movimento de 9,85 milhões de toneladas de cargas em novembro no Porto de Santos marcou mais uma vez recorde para o mês, a sétima vez no ano de 2015. Os números confirmam a expectativa da quebra do recorde anual obtido em 2013. No acumulado do ano, 2015 já supera o recorde anterior em 5%, com a movimentação de 109,81 milhões  t.
 
O grande destaque na movimentação do mês foi, novamente, o milho. O grão foi o produto mais movimentado, registrando 2,77 milhões t, um aumento de 89,8% em relação ao mesmo mês de 2014 (1,46 milhão t). É a terceira maior movimentação do produto na história do Porto de Santos, sendo que as duas maiores ocorreram em agosto e outubro deste ano. Dados registrados até outubro de 2015 apontam que Santos é o principal porto de saída da commodity, com 46,2% de participação, seguido pelos portos de Paranaguá (19,1%), São Francisco do Sul (9,0%); São Luís (8,0%) e Vitória (7,4%).
 
O açúcar, produto mais exportado pelo Porto de Santos, também registrou aumento de 40,9% em relação a novembro do ano passado. A exportação do produto no mês foi de 1,97 milhão t, contra 1,40 milhão t em 2014. Mais de 73% deste produto produzido no Brasil sai pelo cais santista.
 
Outro destaque positivo na exportação foi a celulose, a terceira carga mais movimentada, com 252,71 mil t. Embora com queda de 3% em relação a 2014 (260,47 mil t), esta carga foi a terceira mais exportada no mês. Dois terminais foram a leilão este mês na Bovespa para disponibilizar novas estruturas para embarque do produto, que,  com isto, ganha protagonismo no Porto de Santos.
 
No fluxo de exportação tiveram relevância, também, os produtos do complexo soja, o quarto de maior movimentação no mês, com 231,02 mil t, um aumento de 11,4% em relação ao mesmo mês de 2014 (207,30 mil t);  o álcool, com 207,05 mil t e aumento de 86,7% em relação a novembro do ano passado (110,87 mil t). Aparecem, ainda, os sucos cítricos, com 184,03 mil t e 17,4% de retração em relação a novembro de 2014 (222,80 mil t) e café em grãos, com 165,65 mil t, aumento de 14% em relação ao mesmo mês do ano passado (145,24 mil t).
 
Nas importações, o produto de maior movimentação foi o adubo, com 225,59 mil t, queda de 0,8% em relação a novembro do ano passado (227,32 mil t). O segundo produto mais movimentado foi o enxofre, com 155,99 mil t, queda de 30,2% em relação a novembro de 2014 (223,45 mil t). Destaque, ainda, para a soda cáustica, com 96,75 mil t – aumento de 23,6% no mês em relação a 2014 (78,30 mil t) e o carvão, com 81,79 mil t, queda de 45,7% em comparação com novembro do ano passado (150,53 mil t). O quinto produto mais importado e que registrou o maior aumento percentual no mês foi o gás liquefeito de petróleo (GLP), com 72,85 mil t, aumento de 42,6% em relação a novembro de 2014 (51,07 mil t).
 
Movimento acumulado – A movimentação de 109,81 milhões de t entre janeiro e novembro de 2015 supera em 7,5% o resultado do mesmo período do ano anterior (102,13 milhões t). As maiores marcas registradas no fluxo de exportação, no acumulado do ano, foram o complexo soja, com 17,37 milhões  t, acréscimo de 7,1% em relação ao mesmo período de 2014 (16,21 milhões t). O segundo produto de maior movimentação foi o açúcar, com 16,69 milhões de t, aumento de 5,8% em relação ao ano passado (15,78 milhões t). O terceiro foi o milho, com 13,33 milhões  t, acréscimo de 74,1% em relação a 2014 (7,65 milhões t). Seguem a celulose, com 3,12 milhões  t, decréscimo de 0,9% com relação ao ano anterior (3,14 milhões t); o óleo combustível, com 2,04 milhões  t, 4,9% de aumento se comparado ao mesmo período do ano anterior (1,95 milhão t).
 
No fluxo de importação, o produto de maior volume descarregado foi o adubo, com 2,19 milhões t. O número representa queda de 29,8% em relação a 2014 (3,12 milhões t). Destacam-se, também,  o enxofre, com 1,80 milhão t, aumento de 6,9% ante o obtido no ano passado (1,69 milhão t) e carvão, com 978,68 mil t, queda de 30,8% em relação a 2014 (1,41 milhão t). O sal foi o quarto produto mais importado, com 857,91 mil t, acréscimo de 4,8% sobre o volume do ano passado (818,30 mil t).
 
Contêineres e fluxo de navios – A movimentação de contêineres mantém aumento no acumulado do ano, com 3,48 milhões teu, 3,5% acima do mesmo período de 2014 (3,36 milhões teu). O movimento mensal atingiu 303,51 mil teu, apresentando retração de 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado (313,84 mil teu). A carga conteinerizada representa, em tonelagem, 34,52% da movimentação de cargas do Porto de Santos.
 
O fluxo de navios registrou queda tanto no mês quanto no acumulado do ano. Em novembro de 2015, foram 405 atracações ante 416 no mesmo mês de 2014, redução de 2,6%. De janeiro até novembro deste ano foram 4.706 atracações, contra 4.750 em 2014, queda de 0,9%.
 
Balança Comercial – Os números  apontam uma participação do Porto de Santos na corrente de comércio de US$ 91,7 bilhões, 27,3% da Balança Comercial Brasileira (US$ 335,3 bilhões). No ano passado a participação de Santos atingiu 25,6%, com a parcela de US$ 107,3 bilhões. Com pequena margem, as exportações (US$ 46,1 bilhões) superam as importações (US$ 45,6 bilhões), com uma participação de 26,5% nas remessas brasileiras ao exterior (US$ 174,4 bilhões),  enquanto que as descargas provenientes de outros países somaram 28,3% do total brasileiro (US$ 211,9 bilhões). Em 2014 as exportações somaram US$ 53,0 bilhões (participação de 25,6%), enquanto as importações totalizaram US$ 54,2 bilhões (participação de 25,6%). No ano passado as exportações brasileiras totalizaram US$ 207,6 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 211,9 bilhões.
 
Os principais destinos das exportações por Santos, quanto ao valor, foram a China (14,6%), os Estados Unidos (13,3%) e a Argentina (6,1%). As três cargas que se destacam no fluxo de exportação são a soja (10,9%); o café (9,4%), o açúcar (7,9%) e o milho (3,7%).
 
Já as importações tiveram como principais origens a China (21,4%), os Estados Unidos (15,9%) e a Alemanha (9,4%). Nesse fluxo sobressaem-se outros inseticidas (1,51%); outras caixas de marchas (1,33%), outros fungicidas (1,14%) e outras partes e acessórios de carroçarias para veículos automóveis (0,98%).