Santos

Demissões na Usiminas são alvos de protestos em Cubatão

11/11/2015 Da Redação
Demissões na Usiminas são alvos de protestos em Cubatão | Jornal da Orla
Um ato contra a paralisação na produção de aço e a possível demissão de cerca de 4 mil trabalhadores na unidade da Usiminas, em Cubatão, reuniu trabalhadores, sindicalistas e populares, na manhã desta quarta-feira (11), em frente ao Paço Municipal. Em apoio aos metalúrgicos, os trabalhadores portuários pararam suas atividades por uma hora.

A prefeita da cidade, Márcia Rosa (PT), aderiu aos protestos e lembrou que o término de parte das atividades da empresa impacta diretamente no município. “Cubatão não é uma cidade turística, além de ser uma cidade vizinha de polos comerciais, com shoppings e outros. Não dá para competir com esse tipo de infraestrutura comercial. Nós dependemos da indústria. E se a indústria fecha e há demissões, a dependência da população com relação ao poder público aumenta e o município não aguenta”, afirmou a prefeita. 

No início da manhã, os sindicalistas fizeram uma manifestação em frente à Usiminas com o intuito de barrar a entrada de trabalhadores na empresa, mas foram repelidos pela Polícia Militar com gás lacrimogênio. Três sindicalistas foram presos, mas liberados após prestarem depoimentos.

Em nota, a Usiminas informou que a Justiça do Trabalho garantiu o direito à livre manifestação sindical desde que os sindicalistas manifestantes não impedissem o acesso dos empregados à usina. “Em virtude disso, a Usiminas lamenta que o cumprimento desta decisão tenha sido possível apenas depois da intervenção da Polícia Militar, que garantiu a entrada dos empregados e a operação normal da usina”.  
A empresa explicou que entende a gravidade do momento, “mas acredita que a tentativa frustrada de impedir o acesso à usina por parte de sindicalistas em nada contribuirá para a solução dos problemas relacionados à queda progressiva do mercado de aço e dos gargalos de competitividade de nosso País, fatores que estão na base da decisão de se desativar temporariamente as áreas primárias da Usina de Cubatão”.