As imagens do menino Aylan Kurdi, de três anos, morto em uma praia, chocaram o mundo. O garotinho, seu irmão Ghaleb, de 5 anos, e a mãe Riahanna morreram afogados ao largo da costa da cidade turca de Bodrum quando tentavam fugir da guerra civil na Síria. Apenas o pai, Abdullah Kurdi, conseguiu sobreviver. “Meus filhos escorregaram das minhas mãos”, revelou, emocionado, o pai, que acabara de perder toda a família.

A tragédia que se abateu sobre a família Kurdi é mais um exemplo de que é preciso fazer algo para se mudar a ordem econômica e política do mundo. Mata-se em nome de Deus, por ganância, ambição ou simplesmente pelo poder absoluto. A vida parece perder o sentido a cada dia.

Neste momento milhares de pessoas estão morrendo de fome na África e em outros países onde ditaduras sangrentas impõem o poder absoluto pela força das armas, sob a omissão criminosa do mundo moderno. O Estado Islâmico promove atrocidades que nos remetem aos piores momentos da Idade Média. Onde, afinal, estão os grandes líderes mundiais?

O homem tem sido capaz de feitos espetaculares em todas as atividades – os avanços tecnológicos são gigantescos -, mas não consegue dominar o monstro da ambição que vive dentro de si. Fome, miséria, atrocidades são apenas consequências dessa incapacidade de dominar os demônios que habitam, de uma forma ou de outra, cada ser humano.

Mas estamos convencidos de que, enquanto houver apenas uma única pessoa capaz de derramar uma lágrima pela tragédia da família Kurdi, haverá esperança para a humanidade.