
A Prefeitura de Guarujá recebeu uma ligação com prefixo de Brasília (61), na última semana, de alguém se passando por representante do Banco Central do Brasil. A pessoa informou que a Administração teria as contas bloqueadas, devido à execução por ordem de liminar, se não realizasse um depósito de cerca de R$ 50 mil, em nome da empresa MP Serviços e Cobranças Telecon. A pessoa informava que o débito da Prefeitura com o Banco Central seria referente a uma execução do ano de 2008/2009, da Operadora de Telefonia OI.
“A clareza e segurança com que a pessoa falava deixou dúvidas quanto à veracidade da informação”, contou a chefe de Gabinete da Prefeitura, Ana Paula Metropolo. Além disso, um número falso de processo poderia ser consultado, reforçando ainda mais a informação do possível bloqueio de conta. “Entretanto, certos de não haver nenhum débito com a empresa, entramos em contato com a Ouvidoria do Banco Central que confirmou a fraude”, contou Ana Paula.
Foi constatado não haver nenhum tipo de processo de execução em andamento nem tampouco débito com a empresa, tratando-se de uma tentativa de golpe de estelionato. A Administração registrou boletim de ocorrência para se respaldar de possíveis encargos e cobranças futuras. “Este episódio serve de alerta para outras prefeituras que podem passar pela mesma situação”, comentou a chefe de Gabinete.
Alerta – O Banco Central do Brasil informa, em seu site oficial, que vem recebendo informações sobre pessoas que, fazendo-se passar por servidores da autarquia, entram em contato com prefeituras para tratar de débitos decorrentes de processos judiciais, e solicitam que sejam efetuados depósitos judiciais para evitar o bloqueio das contas das municipalidades.
“Trata-se de tentativa de fraude, pois apenas as autoridades judiciárias (juízes e tribunais) podem determinar o bloqueio ou o desbloqueio de valores e/ou contas bancárias. Os servidores do Banco Central não possuem permissão para sustar ou retardar o cumprimento de ordens judiciais, que são processadas eletronicamente e encaminhadas às instituições financeiras, e nunca fazem contatos pessoais ou telefônicos dessa natureza. O Banco Central alerta que, caso uma prefeitura receba qualquer contato da espécie, deve entrar em contato diretamente com o órgão do Poder Judiciário pretensamente emissor da ordem, bem como com as autoridades policiais competentes”, diz o comunicado.
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