
Fernando Collor, vale lembrar, foi defenestrado do Palácio do Planalto, teve o mandato cassado e voltou à vida pública pelo voto popular. A lição não lhe serviu de nada. Continua com os mesmos métodos truculentos e se acha um cidadão acima da lei.
Acusado de receber R$ 20 milhões de propinas no escândalo da Petrobras e tendo vários automóveis de luxo apreendidos por decisão judicial, Collor apelou para baixarias, oferecendo mais um espetáculo deprimente na Tribuna do Senado. Atacou com palavras de baixo calão o procurador da República, Rodrigo Janot. Não satisfeito, na sabatina no Senado para a permanência de Janot no cargo por mais dois anos, atacou o procurador, usando até mesmo episódios supostamente comprometedores de um irmão já falecido do chefe da PGR.
O fato mais lamentável é que o Senado, apesar das denúncias de corrupção e do comportamento inaceitável de Collor, não abriu contra ele um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. Os colegas simplesmente fecham os olhos para os escândalos protagonizados por um político cujo destino adequado seria o lixo da história.
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