A cidade de Santos já vive em estado de emergência de dengue, o que equivale à antiga condição de epidemia. Em apenas três semanas os casos da doença na Baixada Santista aumentaram 79,2% – são 3.349 casos confirmados até dia 16 de abril e, desde o final de fevereiro, seis pessoas morreram com sintomas de dengue na região, sendo um deles em Santos. 

A situação de emergência passa a existir quando é registrado um caso de dengue a cada mil habitantes da população. Segundo a Secretaria de Saúde de Santos, no período de 1º de julho de 2014 a 17 de abril de 2015 – ano epidemiológico considerado – foram registrados 450 casos da doença (considerando a população oficial de 433 mil habilitantes, o número limite é de 433 confirmações). Os outros municípios em situação de emergência são Itanhaém, Peruíbe e Mongaguá. 

Os casos notificados, mas não confirmados por exames, subiram 73% na Baixada Santista nas três semanas da contagem do Governo Estadual. Foram 6.254 notificações em 20 de março, contra 10.828 no dia 10 de abril. Em Santos, houve 2.454 notificações. 

Como os municípios paulistas apresentam um crescimento de infectados pelo mosquito da dengue, há uma demora de aproximadamente 15 dias para os casos serem avaliados e entrarem na estatística oficial. 

Rede pública dispensa exame sorológico 

O estado de emergência altera os procedimentos na rede pública de saúde, como a dispensa do exame sorológico para confirmar casos de suspeita de dengue. A notificação compulsória passa a ser realizada a partir de exame clínico, após avaliação dos sintomas do paciente e hemograma. Além disso, a Secretaria de Saúde de Santos intensificará as ações de prevenção e combate à doença, por meio das visitas casa a casa, mutirões e nebulizações. 

Em 2014, Santos também chegou ao nível de epidemia, com pouco mais de dois mil casos e o tempo mais seco. Houve uma morte. Já em 2013, segundo o secretário municipal de Saúde, Marcos Calvo, foram mais de nove mil casos. 

 

População tem que ajudar

Há quatro tipos diferentes de vírus da dengue circulando, por isso quem já teve dengue não está livre de contraí-la de novo. A participação da população na eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti é fundamental para reduzir o número de infectados. Dúvidas a respeito da doença e denúncias podem ser encaminhadas ao Disque Dengue, pelo 0800-770 6869 e 3225-8680.c