Pelo sexto dia, dois tanques de combustíveis da empresa Ultracargo, na Alemoa, em Santos, continuam pegando fogo nesta terça-feira (7). De acordo com o Corpo de Bombeiros, ainda não há uma previsão de quando as chamas serão totalmente extintas.
A operação conta com sete rebocadores que auxiliam na captação de água do mar e abastecem os caminhões de incêndio na frente de combate. São 118 bombeiros militares, 36 caminhões e quatro embarcações.
Para ajudar no combate ao fogo, a empresa Ultracargo adquiriu quatro mil litros do produto cold fire (fogo frio), uma espécie de espuma, que deve ser jogada diretamente nas chamas, concentradas no alto dos tanques. O produto foi transportado com o auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB).
Poluição
Com relação à qualidade do ar, a Cetesb garante que vem sendo feito o monitoramento da qualidade do ar nas estações em Santos e Cubatão. Não houve aumento significativo na concentração dos poluentes avaliados (material particulado, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e ozônio), até o momento.
As estações estão localizadas em um raio de seis a dez quilômetros do local do incêndio, no terminal de tancagem da empresa Ultracargo/Tequimar.
Os dados disponíveis mostram que a qualidade do ar nas estações de Santos variou entre a condição Boa e Moderada entre quinta-feira (2), início do incêndio, e domingo (5). Nesse mesmo período, nas estações de Cubatão verificou-se que a área central da cidade permaneceu com qualidade Boa e Moderada, enquanto a área industrial oscilou entre a condição Boa e Muito Ruim. Deve-se observar que a má condição da qualidade do ar na estação de Cubatão – Vila Parisi já era verificada antes do incêndio, por causa das contribuições das fontes locais.
Segundo eles, os riscos de exposição à poluição estão se mostrando menores, já que a pluma da fumaça está se elevando em razão do calor das chamas, dispersando os poluentes. No caso da população que vive mais próxima ao local do incêndio, a Cetesb está estudando a possibilidade de deslocar a estação de monitoramento móvel que se encontra no bairro da Ponta da Praia, na Praça José Rebouças, em Santos, para um local ainda mais próximo da área do incêndio.
Trânsito
O acesso de caminhões à margem direita do porto (Santos) ficará bloqueado até sexta-feira (10). A definição foi tomada nesta terça-feira (6) pelo Gabinete de Integração, que reúne setores da Prefeitura, governos estadual e federal, instituído para tomar medidas em relação ao incêndio na Alemoa. A medida visa garantir o direito de ir e vir da população, resguardar a segurança dos caminhoneiros e evitar transtornos no trânsito na entrada da Cidade.
O bloqueio dos caminhoneiros será feito pela Polícia Rodoviária, com apoio da Ecovias (concessionária do sistema Anchieta-Imigrantes) e da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). Veículos de carga com destino à margem esquerda do porto (Guarujá) estão liberados.
A barreira ocorre no Km 40 da Via Anchieta, mas será levado também ao Rodoanel e às rodovias Anhanguera, Dutra e Ayrton Senna. Os pontos dos demais bloqueios ainda não tinham sido definidos.
O secretário de Segurança Pública do Estado, Alexandre de Moraes, ressalvou que veículos com produtos perecíveis e medicamentos serão liberados para seguir até o porto sob escolta. Segundo ele, esse movimento representa 5% do volume geral de carga.