Santos

A grande festa cristã

02/04/2015
A grande festa cristã | Jornal da Orla
A celebração da Páscoa é o principal dia do calendário litúrgico cristão, pois é nesse dia que se comemora a ressurreição de Cristo e é a partir dele que todas as outras datas importantes do cristianismo são calculadas (Semana Santa, Quaresma, Quarta-feira de Cinzas etc). A Páscoa é considerada até mais importante que o Natal (nascimento de Jesus) pela Igreja Católica. “Afinal, Jesus só nasceu para, um dia, morrer por nós”, explica o bispo diocesano Dom Jacyr Francisco Braido.

Mas a data tem também seu lado lúdico: é o dia que as crianças esperam ansiosas pela visita do Coelho e seus deliciosos ovos de chocolate, que semanas antes ficam expostos à exaustão em supermercados e lojas, testando a gula de pequenos e grandes consumidores.  No Brasil, de forte vocação católica, a Páscoa é comemorada em torno da família, com comida farta e muito chocolate.

O significado
O nome Páscoa deriva da palavra hebraica “pessach”, que significa “travessia” ou “passagem”. Para os judeus a data tem significado muito importante, pois designa o momento em que o povo hebreu, guiado por Moisés, saiu da escravidão no Egito e atravessou o Mar Vermelho em direção à Terra Prometida.  Ainda hoje a família judaica se reúne para o “Seder”, um jantar especial que é feito em família. Além do jantar há leituras nas sinagogas.

Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. É considerada a festa das festas, e não se celebra dignamente senão na alegria. Em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração da páscoa era marcada com o fim do inverno e o início da primavera. Tempo em que animais e plantas aparecem novamente. Os pastores e camponeses presenteavam-se uns aos outros com ovos.
 
Símbolos da Páscoa
Colomba Pascoal – O bolo em forma de “pomba da paz” significa a vinda do Espírito Santo. Diz a lenda que a tradição surgiu na vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria presenteado o rei lombardo Albuíno com a guloseima. O soberano, por sua vez, teria poupado a cidade de uma cruel invasão graças ao agrado.

Ovos – Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. 

Pintar ovos com cores da primavera, para celebrar a Páscoa, foi adotado pelos cristãos nos século XVIII. A igreja doava aos fiéis os ovos bentos. A substituição dos ovos cozidos e pintados por ovos de chocolate pode ser justificada pela proibição do consumo de carne animal, por alguns cristãos, no período da quaresma. Mas a versão mais aceita é a de que o surgimento da indústria do chocolate, em 1830, na Inglaterra, fez o consumo da guloseima aumentar.

Coelho – Já o coelho foi escolhido como protagonista da festa porque representa a fertilidade, ou seja, se reproduz rapidamente em grandes quantidades. Para os antigos, isso era um sinônimo de preservação de espécie, nascimento e esperança de novas vidas.
 
Confira a programação religiosa na Catedral
 
As celebrações da Semana Santa começam no Domingo de Ramos, que relembra a entrada de Jesus em Jerusalém, e termina com a ressurreição na Páscoa. 
 
Quinta-feira Santa – 19h, missa da Ceia do Senhor, Lava-pés.

Sexta-feira Santa – 9h, início da Adoração do Santíssimo Sacramento; 15h, celebração da Paixão; 19h, procissão do Senhor Morto, com as comunidades do Centro (Rosário, Carmo, Valongo, Monte Serrat e Santa Josephina Bakhita). 

Sábado de Aleluia – 19h, solene Vigília Pascal. 

Domingo de Páscoa – 9h, missa solene na Catedral; 10h, missa solene na Igreja
Santa Josephina Bakhita; 16h, missa solene no Santuário Monte Serrat; 18h, missa solene na Catedral.