Santos

Secretaria de Segurança de Santos discute questões de segurança com universidades

04/03/2015
Secretaria de Segurança de Santos discute questões de segurança com universidades | Jornal da Orla
Em reunião na última terça-feira (3), o secretário de Segurança de Santos, Sérgio Del Bel Júnior, apresentou uma proposta de instalação de câmeras nas universidades da cidade. A ação é para a ampliação da vigilância eletrônica, que já existe nas instituições universitárias, trazendo mais segurança para os alunos. A exposição foi feita em reunião da Câmara Setorial de Instituições de Ensino da Associação Comercial de Santos (ACS).
 
O encontro também contou com a participação de representantes da Associação Comercial de Santos, do 6.º Batalhão de Polícia Militar do Interior (6.º BPMI), Delegacia Seccional de Polícia de Santos, Câmara Municipal e de reitores e gestores de universidades integrantes da Câmara de Ensino da ACS, que é coordenada por Edison Monteiro.
 
A proposta é adquirir 23 câmeras dome, capazes de monitorar um ambiente de 360°, além de ter um zoom que permite avistar um alvo a 800m de distância, e outras 16 fixas para os nove complexos universitários de Santos abrange investimentos de R$ 1,8 milhão. 
 
“A câmera em si não é o maior custo”, alertou Del Bel. “Há custos de cabeamento, de instalação de postos de controle operacional e, principalmente, do software. Para cada R$ 1,00 investido em câmera, serão necessários R$ 4,00 para manter o sistema”.
 
As universidades precisam avaliar se pretendem instalar as câmeras em todos os seus prédios ou se escolhem edifícios prioritários. Participam da proposta a Universidade Santa Cecília (Unisanta), Universidade Paulista (Unip), Universidade Católica de Santos (UniSantos), Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), Centro Universitário Lusíada (Unilus), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de São Paulo (USP) e Esamc.
 
Registro minucioso
 
O representante da Polícia Militar disse que, em qualquer ocorrência, é importante que a vítima memorize detalhes vitais para identificar o criminoso, como tatuagens, sinais e marcas. Ele afirmou que é normal um assaltante ser descrito como vestindo calça jeans, camiseta branca e boné, trajes bastante comuns, que dificultam a identificação.
 
O representante da Delegacia Seccional de Polícia declarou que, para facilitar investigações no âmbito da Polícia Civil, o Boletim de Ocorrência (B.O.) pode omitir o nome e endereço da vítima, bem como outras informações que se tornam privativas dos policiais, para garantir que o caso seja devidamente desvendado.
 
Crime
 
Em vista do assassinato do jovem Matheus Demetrio, de 19 anos, no dia 3 de fevereiro de 2015, na esquina da Unisanta, universidade onde estudava, foi definida uma força-tarefa para garantir maior segurança nas instituições universitárias de Santos.
 
Após o episódio, Del Bel garantiu durante a reunião que a força-tarefa continuará a atuar, não será desmobilizada. “A força-tarefa não é temporária, vai continuar”, assegurou. “Pelo contrário, vai aumentar. Na próxima semana, a Guarda Municipal deverá ter mais 150 guardas, que agirão na vigilância das ruas, não apenas para preservar bens públicos do município. E também, em dois ou três meses, receberemos sete viaturas, para patrulhamento”.
 
Del Bel acrescentou ainda que a expectativa é que a atividade delegada, que permite que policiais militares atuem nas horas de folga em atividades de segurança dos municípios conveniados, duplique o número de PMs, de 40 para 80. “Já iniciamos os procedimentos, solicitando o reforço do contingente para a Polícia Militar do Estado de São Paulo”.