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Calado de 13,2 metros no canal de navegação se estende até a Alemoa

21/01/2015
Calado de 13,2 metros no canal de navegação se estende até a Alemoa | Jornal da Orla
O diretor presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Angelino Caputo, confirmou, hoje (dia 16 de janeiro), o novo calado de -13,2 metros  homologado para o trecho 4 do canal de navegação do Porto de Santos, após reunião com o Capitão dos Portos de São Paulo.  A nova marca se estende, agora, até o terminal para graneis líquidos da Alemoa, na altura do berço Alemoa 2. “O aumento de calado é resultado do trabalho que a Codesp vem realizando, em conjunto com a Secretaria de Portos (SEP), através de contratações rápidas e dragagens cirúrgicas, objetivando não só manter, mas aumentar o calado para oferecer melhores condições operacionais a todos os terminais portuários”, explica Caputo.
 
O aumento de calado é resultado da última dragagem efetuada no trecho 4. A batimetria efetuada logo após a conclusão do serviço, foi validada pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), elevando o calado naquele trecho. Segundo o presidente, a profundidade média atingida em todos os trechos é de -15 metros.  “Não estão descartadas, no entanto, novas contratações de dragagem pela própria Codesp, caso o processo previsto no Plano Nacional de Dragagem sofra novo atraso, tudo de comum acordo entre a Companhia Docas e o ministério supervisor”, afirma Caputo.
 
Enquanto a SEP não conclui a licitação para a dragagem do Porto de Santos, o órgão  delegou, em janeiro do ano passado, à companhia docas a competência de efetuar intervenções pontuais, principalmente, em situações de ressacas, que reduzem, bruscamente, as profundidades do canal de navegação. 
 
A Codesp vem efetuando as intervenções necessárias e finalizou 2014 com o restabelecimento do calado para -13,2 metros nos trechos 1, 2 e 3 e -13,0 metros no trecho 4 (até a Brasil Terminal Portuário). Com a homologação do trecho 4 para 13,2 m até a Alemoa, agora todos os terminais que estão no Porto Organizado possuem isonomia, no que diz respeito às profundidades no canal de navegação.  No entanto, o presidente da Codesp explica que os  terminais para granéis líquidos da Alemoa somente poderão se beneficiar do novo calado do canal, após o término das obras de reforço estrutural que se encontram em andamento, o aprofundamento dos berços e a aferição da resistência mecânica da estrutura reformada. Estão sendo investidos R$ 55 milhões, com recursos próprios da Codesp, na recuperação dos píeres da Alemoa.  Até o momento, se concluiu em torno de 50% do empreendimento.
 
A obra está sendo desenvolvida pelo consórcio Engrest-Dratec, através de contrato celebrado em agosto de 2013, quando foram iniciados os trabalhos. O empreendimento possibilitará a dragagem dos quatro berços de atracação do terminal até a profundidade de -14 metros, aumentando a capacidade de escoamento das cargas e sua segurança operacional.
 
A maioria das contratações para dragagem foi feita através de pregões eletrônicos, que tem se mostrado uma modalidade de licitação mais ágil e eficiente economicamente. A Codesp investiu nesses serviços em 2014 um montante de R$ 61,7 milhões para dragar um volume de 2,8 milhões m³ de sedimentos em berços de atracação e nos trechos 1, 2, 3 e 4 do canal de navegação.
 
Com relação à dragagem de berços de atracação, a Codesp já restabeleceu as profundidades de projeto em 30  berços, de um total de 50 a serem dragados, as quais foram homologadas dentro dos novos critérios estabelecidos pela Capitania dos Portos de São Paulo. Os serviços vêm sendo efetuados desde 5 de novembro, utilizando-se um batelão para 5 mil m³. O número de berços totaliza 55, entretanto, alguns deles já estão com suas profundidades de projeto, não necessitando de intervenções.
 
A manutenção de berços, atualmente feita pela Dratec, continuará, até que se tenha a conclusão do certame a ser deflagrado pela SEP. Já a dragagem do canal de navegação vem sendo realizada  pela Van Oord. A expectativa é fazer mais um pregão eletrônico para dragagem de manutenção do trecho 1 e aditar, por mais seis meses, o contrato da Van Oord para manutenção dos trechos 2, 3 e 4, mantendo o calado atual até o meio do ano, quando se espera ter a conclusão do certame da SEP.