Com o objetivo de conscientizar os proprietários de animais, a Prefeitura está realizando distribuição de material educativo, em diversos pontos da praia, sempre das 10h30 às 11h30. Amanhã, a ação acontece próximo ao canal 3. Na quinta-feira (15), na altura da avenida Conselheiro Nébias; na sexta-feira (15), em frente à Igreja do Embaré; no sábado (17), na altura da Avenida Alexandre Martins e, no domingo (18), em frente ao Aquário. A mobilização faz parte da campanha Quem Cuida Recolhe.
A campanha teve início em agosto com diversas atividades, como visitas a escolas e ações teatrais em áreas de grande concentração. Mais de 15 bairros já foram visitados, sempre com a distribuição de material educativo.
Quem for flagrado não recolhendo as fezes de seu animal receberá multa de R$ 50,00. Estimativas da Coordenadoria de Proteção à Vida Animal (Codevida), órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente (Semam), indicam que cerca de 150 mil cães e gatos vivem em Santos. Juntos, geram em média 30 toneladas de fezes por dia, o equivalente a um custo de R$ 2,5 milhões-ano para recolhimento e disposição final.
Segundo Leila Abreu, coordenadora da Codevida, as fezes não recolhidas representam um risco para os animais domésticos, que podem contrair uma série de doenças.
Além disso, esses dejetos também comprometem a balneabilidade das praias, como alerta o engenheiro químico Márcio Paulo, da Semam
Responsável pelo Laboratório de Controle Ambiental, no Posto 3 da orla, Márcio explica que as fezes deixadas nas ruas acabam sendo levadas para as galerias de águas pluviais. Daí, elas caem nos canais, que por sua vez vão desaguar no mar.
O correto, afirma, é que os dejetos dos cães sejam recolhidos e despejados no vaso sanitário, para que passem pelo processo de tratamento realizado pela Sabesp.
“Recolher as fezes e jogar no lixo comum é errado, pois o dejeto acaba indo para o aterro sanitário, onde vai contaminar o lençol freático”.
Além disso, o engenheiro químico lembra que a quantidade de coliformes presente nas fezes dos cães é sete vezes maior do que a do ser humano.
A situação é mais grave, comentou, no caso de larva migrans visceral, que pode causar cegueira e problemas neurológicos. “Por tudo isso, lugar de fezes é no vaso sanitário”.