Notícias

Inutilidade, nunca

10/10/2014
Inutilidade, nunca | Jornal da Orla
A senhora Lillian Weber tem uma missão e nem pensa em parar seu trabalho voluntário.
 
Todos os dias ela faz um vestido para uma criança, que ela nunca vai conhecer.
 
Eles são recolhidos e enviados para meninas da África, por um grupo cristão chamado “Pequenos vestidos para a África”.
 
Nos últimos dois anos ela fez mais de oitocentos e quarenta vestidos, e planeja fazer mais de cento e cinquenta até o dia 6 de maio de 2015.
 
Nesse dia, Lillian vai completar cem anos de idade e será seu milésimo vestido.
 
-É apenas uma daquelas coisas que você aprende como fazer e desfrutar – diz ela.
 
Lillian costura na Fazenda onde mora, em Scott County, Minnesota, Estados Unidos.
 
Apesar de todos os vestidos obedecerem a um padrão, cada um recebe um detalhe diferente, uma costura extra, para dar a cada criança um pouco de orgulho adicional.
 
-Ela os personaliza – diz a filha de Lillian, Linda Purcell. 
 
-Ela tem que colocar algo na frente, para torná-lo especial, para dar o seu toque.
O que começou como um hobby tornou-se um trabalho diário de amor.
 
Lillian diz que começa a trabalhar em um vestido de manhã, faz uma pausa no horário do meio-dia, e coloca os toques finais no período da tarde.
 
-Estou muito, muito orgulhosa da minha mãe. – Comenta Linda.
 
Família e amigos vão continuar a ter orgulho de Lillian, depois de seu vestido de número mil. Afinal, mil é apenas um número.
 
-Quando eu chegar a mil, se eu ainda for capaz, não vou desistir. Vou fazer novamente, porque não há nenhuma razão para não fazer nada.
 
Quando Lillian terminar seus vestidos, suas filhas vão entregá-los a “Pequenos vestidos para a África”, Organização Beneficente Cristã fundada em 2008, em Michigan.
 
A entidade já entregou cerca de dois milhões e meio de vestidos para orfanatos, igrejas e escolas no continente africano.
 
Lillian acaba de ser indicada para o prêmio “Pay it forward”, que incentiva as pessoas a fazerem boas ações e passarem adiante, para que outros sigam o exemplo.
 
[com base em notícia publicada no site www.sonoticiaboa.com.br
e na Redação do Momento Espírita]
 
Como alguém pode afirmar que a velhice é tempo de inutilidade, perante histórias como esta? Há tantas maneiras de servir!
 
O que fizemos, sobretudo na sociedade capitalista, foi sempre atrelar a utilidade à capacidade econômica, isto é, a pessoa não ser mais “economicamente ativa “- como se diz.
 
Mas é tão limitado este pensamento! É tão absurdo pensar que só podemos ser úteis à sociedade, à vida como um todo, dessa forma.
 
Como se tudo o que precisássemos estivesse apenas na esfera da matéria…
 
Então, um voluntário em hospital, que cede parte de sua semana para se misturar a enfermeiras, a funcionários, para ajudar em tarefas simples, não está sendo útil?
 
E quem não tem mais a disposição do corpo, mas ensina, aconselha, transmite otimismo e alegria através das palavras, não está exalando utilidade por todos seus poros?
 
E o mais belo é que não há idade limite para a utilidade. A utilidade também não exige conhecimento, formação acadêmica, nenhuma outro pré-requisito, além de disposição para servir, isto é, vontade.
 
Ouçamos o convite de servir à causa do bem.
 
Quem tiver ouvidos de ouvir, ouça.
 
Que possamos servir até o limite de nossas forças, deixando neste mundo um legado de trabalho, esforço e dignidade.
 
Inutilidade, nunca!
 
PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE