Pessoas manipuladoras, fofoqueiras, invejosas, autoritárias, mentirosas, agressivas, mal humoradas, chantagistas, queixosas. Os tipos são variados, mas uma coisa é certa: gente com este perfil tem o dom de acabar com a harmonia e o equilíbrio emocional dos que estão à sua volta, seja no local de trabalho, na família, entre amigos. E ninguém está livre de esbarrar em um tipo assim. A pessoa torna-se uma presença venenosa, mas, dependendo do caso, é complicado manter a distância desejada. Então, o que fazer para que a convivência não se transforme em pesadelo?
No best-seller “Gente Tóxica – Como lidar com pessoas difíceis e não ser dominado por elas”, o terapeuta Bernardo Stamateas identifica e descreve tipos de “personalidades tóxicas” com que convivemos e ensina como podemos evitar a influência e o domínio dessas pessoas que, em muitos casos, tentam assumir o controle de nossa vida.
Segundo Stamateas, assim como uma maçã estragada em uma fruteira é capaz de contaminar as outras frutas boas, as pessoas tóxicas tendem a envenenar, plantar dúvidas e atormentar a vida de outras pessoas. A boa notícia é que isso só acontecerá se a pessoa permitir.
Como neutralizar
Defina seus sonhos e propósitos e tenha certeza de onde quer chegar; colocando limites nos seus relacionamentos e não entrando no jogo do “fazedor de loucos”.
Não reaja com raiva, mude de assunto, se possível perdoe, não carregue consigo cargas que não lhe pertence.
Ninguém muda ninguém, portanto nem tente. A pessoa só muda porque quer mudar e, mesmo assim, é um processo difícil e demorado.
Ajuste as suas expectativas sobre a relação. Não espere valorização ou algum tipo de reconhecimento por algo que você fez para a pessoa. Pessoas difíceis são inseguras e com baixa autoestima.
Cuide de sua autoestima, pois essas pessoas sempre tentarão abalar o que você pensa sobre si mesmo. Potencializam os seus pontos fracos e o enchem de culpa e frustrações.
Problemas no trabalho
Quando o problema está no ambiente profissional, veja o que fazer, segundo Roberto Santos, especialista em Recursos Humanos:
Trate a pessoa de forma inesperada, vendo aquilo que não é vísível à maioria e talvez nem a ela mesma, ou seja, procure esperar o seu melhor. “Limpe as lentes” de sua percepção que só vê grosserias e maldades;
Faça comentários positivos, mas sinceros, sobre suas qualidades, isso poderá modificar a forma como ela te trata;
Espere sempre o pior das pessoas e você conseguirá, mas experimente esperar o melhor, que poderá se surpreender.
Tipos clássicos
O manipulador – Depois de seduzir, esta personalidade tóxica lentamente passa a desqualificar e destruir quem está por perto. A atitude inicial para se ver livre do manipulador é se conhecer. Distinguir o que a sua consciência manda você fazer e o que os outros querem que você faça. O segundo passo é se agarrar às suas próprias convicções e se distanciar.
O neurótico – Segundo Stamateas, por trás de uma personalidade neurótica há um perfeccionista, um egoísta, um extremista e, sobretudo, um excelente jogador. O neurótico é o exemplo clássico de um fazedor de loucos, pois sua complexidade por vezes nos confunde. O autor os descreve como eternos buscadores de ajuda, que derramam lágrimas, se desesperam, mas, no fim, permanecem na mesma insatisfação.
O invejoso – A inveja nasce da ideia de que nunca se terá o que o outro possui ou nunca se passará pelo que o outro está passando. É um sentimento destrutivo que só acaba quando o outro perde. A pessoa que inveja passa o tempo opinando e julgando tudo o que o outro tem, em vez de se orientar para alcançar seus próprios sonhos, convertendo-se em algoz em vez de ser protagonista de sua própria vida.
O desqualificador – O objetivo é fazer com que os demais se sintam “um nada”. É aquele que quer arrasar sua autoestima, fazer você pensar que é incompetente, fraco, inseguro etc.O conselho para conviver com o desqualificador é não cair no jogo dele. Não comprar a briga. Stamateas supõe que a partir do momento que decidimos nos libertar de todas as más palavras e insinuações maldosas, ficamos livres de todos os que nos ofendem.
O fofoqueiro – É tanto aquele que vende como aquele que compra a mercadoria da discórdia. A dica de ouro para sobreviver ao fofoqueiro é não lhe dar ouvidos, ou seja, não pare para dar explicações ou tentar entender o rumor.
O autoritário – Aquele que abusa do seu poder sobre os outros. Tira vantagem de sua posição e faz que a sua vontade prevaleça a qualquer custo. Um verdadeiro líder mostra autoridade, tendo funcionários que o seguem por respeito.
O queixoso – Pessoas assim acreditam que a lamentação fará com que o problema desapareça ou que alguém irá se compadecer de seus problemas e socorrê-lo. Os queixosos não contaminam apenas quem está ao redor, mas a si mesmos. ”Não se queixe, reverta o lamento, pense que, quando você se queixa, está se boicotando”, aconselha Bernardo Stamat.
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