Enoleitores,
Costumam causar impacto na língua, numa combinação de um alto teor alcoólico e baixa acidez, tornando-os excêntricos.
Geralmente, exalam aromas de frutas brancas como pêssego, lichia e manga; florais lembrando jasmim, rosa e madressilva; mel; e especiarias como canela, cravo, noz moscada.
Incluo neste grupo as castas das uvas gewurztraminer, riesling, muscat (da Alsácia), viognier e torrontés (da Argentina). Ao degustar vinhos deste grupo, a primeira impressão é de uma doçura sutil na língua, o que pode ser causado pelo açúcar residual da fermentação, pela abundancia de frutas e flores e pelo alto teor alcoólico. A baixa acidez aumenta esta sensação.
Estes requerem cuidados quanto à harmonização com a gastronomia, costumam ir bem com pratos agridoces, bom teor de gordura, peixes e aves defumadas (riesling), comidas picantes e frutadas como a cozinha thai (gewurztraminer). Comidas azedas devem ser evitadas com as uvas gerwurztraminer, muscat e viognier, pois tornam-se mais pesadas. O ideal é a textura do prato englobar a boca assim como o vinho, e utilizarmos os aromas para combinar acertada mente. Pratos que levam frutas exóticas como manga, papaia e goiaba, combinam com gerwurztraminer. O viognier vai bem com comidas que levam frutas secas, passas e raspas de laranja, como um camarão grelhado ao azeite aromatizado de laranja.
Sabores cítricos costumam combinar bem com este grupo. Estes vinhos, devido à sua untuosidade e à gama de aromas intensos, casam bem com queijos cremosos, adocicados e alguns fortes.
Aproveitem estas dicas e experimentem estes vinhos! Você poderá descobrir uma nova gama de aromas e sabores que lhe permitirão curtir melhor alguns pratos das cozinhas asiática, alemã e austríaca. Vale comprovar!
Enoabraços, um bom Carnaval e uma ótima semana a todos!