Enoleitores,
Continuando o nosso papo sobre a Puglia atual, que se modernizou muito nos últimos 15 anos, valorizando dentro de novas filosofias o conceito de terroir, sendo assim pode se desenvolver e oferecer tanto a Itália com aos outros países produtos de ótima qualidade .
Hoje vamos focar sobre outras uvas que geram vinhos deliciosos entre tintos e brancos e, com certeza, vale a pena conhecer.
Ao norte da região a tinta dominante é a uva de troia, um vinho de fruta mais sutil, diferente do primitivo, aqui temos a DOC Castel del Monte, e o vinho que bem representa é o Il Falcone, um corte de 65% uva de troia e 35% montepulciano, enevlhecido 12 meses em barricas traz um nariz de frutas do bosque, especiarias, na boca é elegante, macio, persistente deixando um retronasal de cerejas maduras.
Na península de Salento, mais ao sul, vai surgindo a negro amaro, originando vinhos com aromas e boca de frutas negras e um gostinho final mais para o agridoce, fazendo jus ao nome. Esta uva também fica boa em cortes como com a primitivo e a malvasia nera.
Dentre as castas brancas a cepa local é a bombino bianco que produz vinhos com toque cítrico, mas tem também a verdeca que gera brancos de qualidade e sabor de frutas tropicais, esta segunda uva é muito bem cuidada na Doc Locorotondo, aqui faz-se o Verdeca Vigneti , de aromas florais e cítrico , há ainda outras duas DOCs a Gravina e Martina Franca.
Estas uvas brancas combinam muito com os frutos do mar, riquissimos na cozinha desta parte da bota eles são apresentados tanto crus marinados como cozidos , assim como as tintas com a culinária local onde o tomate também é muito valorizado e adocicado , superamadurecido pelo calor local, finaliza as pastas com diversos tipos de molhos deliciosos e carnes como cordeiro e polpetini.
Assim, espero ter passado a todos boas dicas para poderem variar, experimentando muitas outras uvas que tornam nossos vinhos deliciosos e memoráveis, quer junto à gastronomia ou apenas numa roda de amigos.
Enoabraços e uma ótima semana a todos!