Enoleitores,
Continuando nossa viagem à capital do vinho no Brasil (Bento Gonçalves), fomos visitar a Casa Valduga e fiquei admirado, como cresceu!
Há nove anos era somente uma casinha ande entrava-se por uma parede em formato de barrica, hoje está transformada no belo restaurante Maria Valduga, e a parte nova da produção de vinhos ficou maravilhosa, com uma imensa sala de barricas com capacidade para estocar até seis milhões de garrafas e com um maquinário de primeiro mundo, não deixando nada a dever aos famosos produtores mundiais. Além da vinícola, o complexo ainda tem uma pousada e uma loja de vinhos, acessórios e uma linha de cosméticos incluindo sabonetes, esfoliantes de diferentes castas e cremes para o rosto e o corpo, lançados recentemente.
Ao chegarmos, qual não foi a nossa surpresa em sermos recebidos pelo sr. Juarez Valduga, que nos contou as dificuldades do início, quando, com sua teimosia, iniciou a produção dos espumante e vinhos de qualidade. Lembrou do começo da vinificação dos rosés, que todos, que degustavam, achavam bom mas ninguém comprava devido ao preconceito, a família é quem consumia…, falou- nos da elaboração dos espumantes e o recente trabalho científico em cima da vinificação, das novas descobertas, das novas e específicas regiões de cultivo no RS, enfim nos presenteou com uma boa atualização do importante investimento em pesquisa e qualidade que nossos produtores utilizam, o que muito nos orgulha.
Outra das teimosias do Juarez, conforme ele próprio se descreveu, foi a fábrica de cerveja que acabou de montar: a Leopoldina, bem ao lado da vinícola. Apesar de os produtores de vinhos serem contra, ele nos disse: “por que não produzir a primeira cerveja do Vale dos Vinhedos?”, e uma outra frase dele: “os brasileiros não valorizam seus produtos por melhor que seja”.
Após este maravilhoso aprendizado de vida e coragem, fomos visitar o processo de vinificação, pois havia entre nós pessoas que não conheciam, e ficamos bem impressionados com o crescimento adequado da empresa. Degustamos dois vinhos que estagiam em barricas, onde, através da pipeta pudemos constatar que aromaticamente e no paladar já estão bem equilibrados, só imagino quando estiverem prontos. O primeiro foi o branco Leopoldina Chardonnay, e o Leopoldina Merlot.
Finalizamos com um almoço delicioso nos moldes do local, comida italiana colonial, e acompanhamos com os seguintes vinhos: para brindarmos um espumante 130 Brut Champenoise e continuamos com o Villa Lobos Grand Reserva Cabernet Sauvignon.
Prosseguimos na próxima semana com mais Brasil. Enoabraços.