O secretário Guilherme Derrite culpou o STF pela violência da Polícia Militar de São Paulo. O secretario argumenta que os policiais precisam ser truculentos por que o STF solta bandidos condenados. A atuação de Derrite foi elogiada pelo senador Ciro Nogueira e pelo governador Tarcísio.
No programa Debate na Redação, o jornalista Murilo Neto lamenta novamente os atos de violência da Polícia Militar. Ele, que não é do time que demoniza a PM, pois em sua opinião, é uma corporação centenária, onde há muitas pessoas que integram a corporação que são dignas e fazem um trabalho de muito valor. “Infelizmente a gente vive em uma era das manchetes, das declarações para que causem impacto e que movimente militâncias e muitas vezes justifiquem sua incompetência ou falha”.
Murilo relembrou de algumas falas ditas por Guilherme Derrite como por exemplo “Policial bom tem que ter pelo menos 3 homicídios no currículo”. Derrite foi investigado por 16 homicídios no período que fez parte da ROTA e foi ‘convidado a se retirar’, pois ele matava demais. Derrite inclusive falou em uma Assembleia Legislativa, que era contra a câmera corporal em policiais, pois inibia o trabalho deles “quando vemos esses fatos acontecendo, entendemos o porque ele era contra a extinção do uso da câmera corporal”
Ele ainda dá um exemplo de caso aqui na Baixada Santista, quando um policial morreu em Cubatão, o uso da câmera foi extremamente esclarecedora, onde mostrou que realmente foi legitima defesa, pois ele havia entrado em uma viela, o marginal que estava escondido se assustou, foi puxar a arma e acabou atirando. “Quem defende o uso, está defendendo os dois lados, agora quem não defende, está defendendo quem?”
Murilo deixa uma reflexão “Muitas vezes esses policiais militares que tem essas atitudes, pertencem a mesma classe social e às vezes mora no mesmo bairro de um cara que sofre esse tipo de violência. Ele ingressa na polícia com o objetivo de desenvolver uma carreira, tem um sonho de criança de servir a corporação, só que ele também sofre esse processo de defasagem, onde há falta de equipamento, de salários adequados. Falta uma certa atenção para os policiais, um apoio psicológico e treinamentos”.
Para conferir esse e outros assuntos discutidos no programa, acesse a entrevista completa no canal do Jornal da Orla: https://www.youtube.com/watch?v=9KrcqhmkVNE
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