Referência no combate aos efeitos da mudança climática e dotada de um planejamento urbano sustentável, Santos deu mais um importante passo em relação à política ambiental. Uma oficina realizada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) na quinta-feira (17/3), no Jardim Botânico Chico Mendes, orientou técnicos da Prefeitura sobre todas as condições que envolvem a queda de uma árvore. A atividade fez parte do Plano Preventivo de Queda de Árvores, que criará um zoneamento de risco na Cidade até o final de 2022.
Em parceria com o IPT, a ideia da Administração é desenvolver um raio-X sobre as mais de 30 mil árvores da Cidade, monitorando as áreas com maior risco de queda e elaborando medidas de prevenção. Nesta quinta, foi promovido um intercâmbio entre o instituto e representantes das secretarias de Meio Ambiente (Seman) e Serviços Públicos (Seserp), além de profissionais da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
A oficina no Jardim Botânico foi coordenada pela pesquisadora do IPT, Raquel Amaral. Segundo ela, a atividade abordou diversos fatores com os técnicos municipais, como tipos de árvores existentes, condições do solo, presença de cupins, além de mudanças climáticas como ventos e chuvas. Também foram analisadas árvores do parque que apresentavam inclinação do tronco, ocorrência de fungos, entre outros aspectos. A compilação desses dados constará no plano desenvolvido pelo instituto.
“Essa troca de informações vai permitir que pintemos o município de Santos, designando cores para áreas de alta, média e baixa urgência. Há locais com grande circulação de pessoas, próximos a pontos de ônibus, outros com vegetações mais antigas, agrupamento de morros, e assim por diante”, explicou a pesquisadora.
Das mais de 30 mil árvores em Santos, 10 mil já estão catalogadas pela Semam. O coordenador da pasta, João Cirilo, lembra que o monitoramento é constante e afirma que o investimento municipal já reduziu em até seis vezes o número de quedas.
“A Prefeitura triplicou a capacidade de trabalho nos últimos 15 anos, reduzindo a queda de árvores de forma expressiva. Tempos atrás caíam 60 numa noite de vendaval. Hoje registramos cinco, dez quedas no máximo. Isso é fruto do monitoramento constante, com muitos mais técnicos fazendo vistorias. O Plano Preventivo chegará para aperfeiçoar ainda mais esse trabalho”, concluiu Cirilo.
