Comportamento Saúde

No Dia Mundial do Câncer, um ‘Anjo Rosa’ aparece para ajudar as mulheres

04/02/2022
No Dia Mundial do Câncer, um ‘Anjo Rosa’ aparece para ajudar as mulheres | Jornal da Orla

Diagnosticada com câncer de mama pela segunda vez, a fisioterapeuta Mariana Rosário Fernandes dos Santos, 37, tornou a sua luta pessoal em uma forma de ajudar outras mulheres. Em 2020, quando teve câncer pela primeira vez, ela estava no que chama de “auge da vida”. Com 35 anos, duas filhas e profissão estabelecida, ela descobriu o nódulo através do autoexame.

Na primeira vez, o câncer não era invasivo, mas na segunda vez, em 2021, o diagnóstico foi um pouco diferente, já que a doença voltou com agressividade maior. Atualmente Mariana está em tratamento à base de radioterapia e hormonioterapia.

“Sempre tive o hábito do autoexame, realizava todo mês. Nas duas vezes, eu descobri o nódulo pelo autoexame”, afirma a fisioterapeuta especialista em saúde da mulher. Ela reforça que sempre manteve hábitos alimentares saudáveis e uma rotina diária de exercícios físicos.

“Digo que foi uma ironia do destino, pois sou fisioterapeuta especializada em saúde da mulher e câncer de mama, além disso meu TCC foi dobre câncer de mama”, complementa.

O câncer debilitou Mariana no começo, mas logo ela se reergueu e tomou força para expor sua situação na internet com a intenção de ajudar outras pessoas. “O medo toma conta da gente e passa muita coisa na nossa cabeça, mas após a tempestade temos duas opções: se lamentar ou encarar as coisas com coragem e bom humor”, afirma.

Com a coragem que decidiu encarar o câncer, veio também a inspiração para o projeto Anjo Rosa. O projeto é um canal no YouTube onde Mariana compartilha sua experiência e busca ajudar outras mulheres que passam pela doença. Além do canal do YouTube, ela também atua pelo Instagram, mesmo ainda estando sob tratamento.

“O câncer não escolhe idade, classe social, nem raça. E na maioria das vezes é silencioso. Então faça seus exames regularmente, incluindo o autoexame. O diagnóstico precoce é sempre o melhor caminho”, aconselha a fisioterapeuta.

No Brasil, o câncer que mais mata mulheres ainda é o câncer de mama – em 2019 foram 18.068 óbitos -, no ano passado o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou a existência de ao menos 66.280 novos casos.

Ao mesmo tempo em que soluções inovadoras surgem e abrem caminhos para novas iniciativas, apostar nos hábitos preventivos ainda é um caminho que faz a diferença. Em 2020, o Inca apontou que cerca de 8.000 casos da doença tinham ligação direta com fatores comportamentais, esse número equivale a 13,1% dos 64 mil casos registrados nesse ano, em mulheres a partir de 30 anos. Os maiores fatores incluem inatividade física, não aleitamento materno, excesso de peso e ingestão de bebidas alcoólicas.