A 22ª edição da Parada do Orgulho LGBTI – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros, Intersexos e outros – abordou este ano a conscientização política, devido à proximidade das eleições. Apesar do frio e do clima de garoa, o público se concentrou na Avenida Paulista, no domingo (3). Desfilaram pela avenida 18 trios elétricos, que, às 18h, encerraram a festa na Rua da Consolação.
“Queremos que as propostas [dos candidatos] sejam feitas em conjunto com a comunidade e que contemplem as sexualidades monodissedentes e as multisexualidades, e não somente gays e lésbicas. Precisamos de políticas que vão além, que se escute a população não binária, a população transsexual e bissexual”, disse Marco Antônio Silva, Júnior, 25 anos, administrador.
Flávia Santana, 38 anos, auxiliar administrativo, destacou a importância de propostas para a saúde LGBT. “Queremos políticas de saúde. Os profissionais dessa área não estão preparados para lidar com essa população. Somos vítimas não só de violência física, mas, sobretudo, psicológica. Os consultórios psiquiátricos estão despreparados para nos receber”, afirmou.
Estrutura
A prefeitura montou 900 banheiros químicos e distribuiu mais de 550 mil preservativos por meio do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Além disso, foram montados 39 bloqueios ao longo da Avenida Paulista para coibir o comércio ilegal de bebidas.
Protestos
A festa também foi marcada por apresentações musicais, entre elas a da cantora Pabllo Vittar, cuja roupa foi feita com reproduções de reportagens que denunciam a morte de LGBTTIs no Brasil; pelo discurso da arquiteta Mônica Benício, viúva da vereadora carioca Marielle Franco, além de faixas em favor do ex-presidente Lula.
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