Notícias

Asma

17/03/2018

Um medicamento após ser lançado terá um uso por um público diversificado com necessidades e problemas específicos. Com isso, muitas informações sobre a segurança e o risco de seu uso irão surgir com o tempo. Em função desse conhecimento aprendido a partir do cotidiano dos usuários dos medicamentos, alguns produtos são retirados do mercado ou tem restrições de uso definidas. As agências de regulação de todo mundo monitoram esses efeitos e emitem relatórios que são aproveitados pelos diversos países.

Em relação à asma, a FDA americana emitiu um relatório que ameniza o sofrimento e a preocupação dos indivíduos com asma crônica e grave. Uma associação de medicamentos, os agonistas-beta de longa duração e os corticoides inalados não trazem risco de morte aos usuários desses medicamentos. E instruiu os laboratórios americanos a retirar esse alerta das bulas dos produtos que continham essas substâncias associadas. 

A asma é uma doença inflamatória desencadeada por diversos fatores promovida pela hipersensibilidade individual (alergia). A inflamação estimula a contração da musculatura que forma os brônquios. Essa associação, inflamação mais contração da musculatura brônquica, promove a obstrução do fluxo de ar caracterizando toda a sintomatologia da asma. E a asma pode ser classificada em diversos níveis de gravidade, tanto em relação à crise me si, quanto a sua frequência e o comprometimento na vida da pessoa.

O tratamento da asma tem duas frentes: a crise, propriamente dita, e a hipersensibilidade ao elemento desencadeante da crise. Nos casos que ela se apresenta de forma intermitente, o foco é o alívio das crises. Para isso utiliza-se medicamentos inalatórios que atuam na musculatura dos brônquios, relaxando-os e diminuindo a obstrução ao fluxo de ar. A via inalatória é uma boa opção por permitir a redução da dose, uma vez que o medicamento agirá diretamente no local do problema. Nesse caso, opta-se por substâncias rapidamente eliminadas do organismo, diminuindo os riscos de reações adversas.

De acordo com o aumento da gravidade, além de se pensar na crise, também é necessário reduzir a hipersensibilidade. Nessa condição inicia-se os corticoides que podem ser administrados pela via inalatória (para casos menos graves) ou por via oral (mais graves). Além dos corticoides, os broncodilatadores também são trocados, sendo asscoiados os de ação prolongada. É para os usuários dessa associação que o FDA considera que o risco de morte diminuiu. A asma é uma doença que, se bem controlada, permite uma qualidade de vida razoável ao sujeito. No Brasil, estima-se que 20% das crianças e adolescentes apresentem crises de asma em diferentes graus e, no mundo, em torno de 14%.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.