Maria Clara Sinieghi
Parece loucura, né?
Mas não é, nem um pouco.
Isso acontece com a grande maioria das pessoas que nos procuram em busca de emagrecimento.
Obviamente, quando falamos em emagrecimento, estamos falando que é necessário ter um déficit calórico, o que significa consumir menos calorias do que gastamos, mas isso é bem diferente de dietas muito restritivas.
Geralmente, essas dietas restritivas defendem uma diminuição brusca de calorias e até mesmo a exclusão de certos alimentos e/ou nutrientes.
Quando isso acontece podemos lembrar da famosa frase: “restrição gera compulsão”, pois quando pensamos que não podemos consumir determinado alimento, como doce, pão, macarrão, etc, passamos a pensar e desejar muito mais esses alimentos “proibidos”, e acabamos comendo em maior quantidade do que geralmente comeríamos se eles estivessem permitidos dentro da quantidade adequada, o que pode levar ao reganho de peso e gerar uma má relação com a comida.
Então é isso mesmo: COMA MAIS PARA PODER EMAGRECER.
Aqui estão alguns motivos de ser necessário comer mais:
1 – Para que seu corpo possa funcionar de maneira adequada e não começar a poupar energia, já que nosso cérebro entende a restrição brusca como uma agressão e acaba “guardando” mais energia para evitar a falta dela, podendo levar até mesmo ao aumento do apetite;
2- Para que você tenha mais disposição e energia e, naturalmente, se torne mais ativo, já que com a restrição, a disposição e energia caem, diminuindo ainda mais o gasto calórico;
3 – Para que você possa treinar melhor e, consequentemente, gastar mais energia;
4 – Para que sua recuperação muscular seja ótima e você consiga dar sequência no planejamento de treinos;
5 – Para que você não fique com fome e depois ataque uma barra de chocolate ou uma pizza sem nem perceber o que está comendo;
O processo de emagrecimento acontece como uma simples balança calórica. Podemos apenas reduzir o consumo até o ponto de não conseguirmos sustentar e perdermos todo o processo, ou podemos ir modulando a restrição energética, o metabolismo e o gasto energético sem a necessidade de “parar” de comer e assim tornar o processo sustentável.
Como equilibrar essa balança?
Distribua melhor sua alimentação ao longo do dia;
Faça refeições mais completas com prazer e atenção;
Escute e entenda seu corpo, assim conseguirá ter percepção de fome e saciedade;
Evite o consumo de alimentos ultraprocessados;
Priorize a organização de sua alimentação;
Se movimente e procure um profissional sério para te auxiliar nessas mudanças!
Maria Clara Sinieghi – CRN3: 69546. Nutricionista
…
Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete a linha editorial e ideológica do Jornal da Orla. O jornal não se responsabiliza pelas colunas publicadas neste espaço.