A quinta Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência foi um evento marcante que reuniu indivíduos, organizações e autoridades para discutir questões fundamentais relacionadas à inclusão e aos direitos das pessoas com deficiência. No entanto, o discurso do presidente Lula durante a conferência causou controvérsia ao se referir a esse grupo como “essa gente”, uma expressão que, na opinião do usuário, possui conotação pejorativa.
É importante ressaltar que o uso de termos pejorativos ou desrespeitosos para se referir a qualquer grupo de pessoas, incluindo aqueles com deficiência, é inaceitável e contraproducente para o objetivo de promover a inclusão e a igualdade. A linguagem tem um impacto significativo na forma como as pessoas são percebidas e tratadas, e é essencial que líderes e figuras públicas evitem perpetuar estereótipos negativos ou preconceitos.
A reação que tive não é indignação nem surpresa, porque eu não espero sinceramente nada de bom do governo que o senhor representa. Pelo contrário, as palavras de Lula refletem o retrocesso no processo histórico de inclusão social da pessoa com deficiência ou melhor dizendo, a verdadeira face do segmento político em relação ao público PCD, o que é, a hipocrisia que a classe política tem com o público PCD e a falta de consciência sobre a importância do respeito e da dignidade de todas as pessoas, independentemente de suas características ou condições.
É fundamental que os discursos públicos promovam a empatia, a valorização da diversidade e a luta contra qualquer forma de discriminação. A discussão gerada por esse episódio destaca a necessidade contínua de sensibilização, educação e a responsabilidade de como a gente fala com as pessoas, sejam elas com deficiência ou não, em relação aos direitos e à inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. A diversidade é um valor a ser celebrado e respeitado, e é fundamental que as vozes e as experiências de todos sejam reconhecidas e valorizadas em todos os contextos, inclusive em eventos de grande relevância como conferências nacionais.
Além do episódio na quinta Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência, é importante ressaltar que não é a primeira vez que o presidente Lula se refere ao público com deficiência de forma negativa. Esses comentários recorrentes levantam preocupações sobre a sensibilidade e o respeito do líder político em relação a um público que luta pelos seus direitos e por espaço na sociedade. A repetição de expressões pejorativas ou desrespeitosas em relação às pessoas com deficiência não apenas reflete uma falta de empatia e compreensão, mas também perpetua
estereótipos prejudiciais e contribui para a perpetuação de atitudes discriminatórias. É fundamental que figuras públicas, especialmente aquelas em posições de liderança, ajam com responsabilidade e promovam uma cultura de respeito, inclusão e igualdade para todos os cidadãos.
O autor cita como exemplo a declaração de Lula em uma live, antes de uma cirurgia no quadril, em que ele afirmou que não seria filmado durante a recuperação para não ficar feio, alegando que essa seria uma orientação de quem trabalhava com ele. Essa declaração, feita em referência às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida que usam equipamentos de locomoção como andadores, muletas ou cadeiras de rodas, demonstra uma falta de sensibilidade e respeito por parte do presidente. Além disso, o autor menciona a fala de Lula em relação aos autistas após o ataque em Blumenau, Santa Catarina, quando ele se referiu às pessoas com autismo como tendo “desequilíbrio de parafuso”. Essa fala foi criticada pelo apresentador Marcos Mion, e o autor considera que ela demonstra a falta de sensibilidade do presidente em relação ao público com deficiência.
A crítica do usuário em relação ao histórico de declarações negativas de Lula em relação às pessoas com deficiência destaca a importância de conscientização e educação contínuas sobre a importância do respeito e da dignidade de todos os indivíduos. A mudança de atitudes e a promoção de uma linguagem inclusiva e respeitosa são passos essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e acolhedora para todas as pessoas, independentemente de suas capacidades ou condições.
A falta de informação é, de fato, um aspecto crucial nesse contexto. Muitas pessoas, incluindo a maioria das pessoas com deficiência, acreditam que o Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social seja a solução e uma espécie de “graça do pai dos pobres”. No entanto, é importante ressaltar que essa lei existe desde 1993, durante o governo de Itamar Franco, e é um direito que muitas pessoas elegíveis desconhecem ou não buscam devidamente.
É lamentável que, em muitos casos, haja uma idolatria cega em relação a certas figuras políticas que, na realidade, não demonstram um compromisso genuíno com a promoção dos direitos e da dignidade das pessoas com deficiência. O fato de algumas lideranças tratarem esse grupo de forma pejorativa e ainda receberem a aprovação e o apoio incondicional de alguns indivíduos é um reflexo da falta de conscientização e do poder das narrativas construídas em torno dessas personalidades. É importante que haja um despertar para a realidade e um questionamento crítico em relação às figuras públicas que são idolatradas sem mérito real.
A voz do usuário, mesmo que em tom baixo, traz à tona a necessidade de uma liderança verdadeiramente comprometida com a inclusão, a justiça social e o respeito pelos direitos de todos os cidadãos, sem distinção. A busca pelo que é de direito e o questionamento das estruturas de poder são passos essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos.
Além disso, para aqueles que desejam confirmar as informações mencionadas, a quinta Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência está disponível no YouTube para visualização. Assistir às discussões e aos debates realizados durante a conferência pode fornecer uma visão mais aprofundada sobre as questões abordadas, os desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência e as discussões em torno da inclusão e dos direitos desses
indivíduos. A disponibilidade do conteúdo da conferência online oferece uma oportunidade valiosa para aqueles interessados em se informar, educar-se e engajar-se nas questões relacionadas à pessoa com deficiência. A transparência e a acessibilidade das informações contribuem para uma maior conscientização e para o fortalecimento da luta por uma sociedade mais inclusiva e equitativa para todos os seus membros.
Portanto, para aqueles que desejam se aprofundar no tema e compreender melhor as discussões em torno dos direitos da pessoa com deficiência, a quinta Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência está disponível para visualização no YouTube, proporcionando uma oportunidade única de aprendizado e reflexão sobre essa importante questão.
O que deveria ser um lugar para encontrar caminhos de desenvolvimento de políticas públicas que garantem a qualidade de vida da pessoa com deficiência foi palco de preconceito e discriminação, inclusive racial, mas disso eu vou tratar depois. Confesso que, na minha opinião, não temos muito o que comemorar no que diz respeito à pessoa com deficiência ter um lugar na ONU, na comissão dos direitos da pessoa com deficiência que a senadora Mara Gabrilli foi eleita para mais um mandato naquele espaço internacional. Isso não significa nada, a partir do momento em que o Presidente da República nos trata de forma pejorativa, para dizer o mínimo. Eu, Bruno, não o, me sinto ofendido e escrevo em nome daqueles que podem se sentir ofendidos por essa fala, uma vez que nenhuma pessoa com deficiência espera nada desse governo que está aí presente.
Antes de fechar essa coluna, eu preciso dizer algumas coisas, a desinformação por conveniência de algumas lideranças do movimento do pcd me faz gerar essa bronca que eu tenho de conselhos municipais etc. Eu já estive presente nesses conselhos e sei o que estou falando, a sua atividade ela não passa de um simples protocolo de intenção, pouca coisa a gente vê de fato no dia a dia da pessoa com deficiência, e quando vê as políticas públicas acontecerem poucas vezes a gente vai atrás desses direitos conquistados, eu estou falando que de modo geral o público pcd não se informa sobre os seus direitos e obrigações porque também temos obrigações, ele prefere se permitir ser usado pela cultura do coitadinho que a classe política alimenta com ajuda da classe política pcd tô falando dos líderes desse movimento aqueles que se dizem lindas, absolutamente nada foi criado pelo governo que tá aí e sim há muito tempo atrás quando nem se falava na pessoa com deficiência e a sua cidadania.
A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que institui o Benefício de Prestação Continuada (BPC), foi criada durante o governo de Itamar Franco, em 1993. A LOAS, com a criação do BPC, garante um salário mínimo mensal para pessoas com deficiência e idosos com 65 anos ou mais que comprovem não ter condições de prover o próprio sustento e nem de tê-lo provido por sua família.
É importante dizer que essa linguagem não precisa ser politicamente correta, mas de uma forma que realmente as pessoas acreditem na nossa cidadania e que somos seres humanos merecedores de espaço na sociedade.
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