Tipo de medicação, dosagem e intervalo entre as doses devem ser respeitados
O uso de remédios de forma inadequada faz com que bactérias e outros micro-organismos se tornem resistentes a medicamentos, situação que favorece o desenvolvimento de doenças — boa parte delas letais.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 700 mil pessoas morrem anualmente por doenças resistentes a medicamentos e a estimativa é que o número de mortes até 2050 chegue a 10 milhões.
Um exemplo é a tuberculose multirresistente, que é capaz de suportar a ação de diversos medicamentos, e já levou 230 mil pessoas à morte.
“A má utilização faz a medicação deixar de ter um efeito benéfico para ter um efeito deletério, de veneno “, explica a farmacêutica Deilane dos Santos Oliveira. É preciso observar se a medicação, dosagem e o intervalo entre as doses.
Como exemplo, Deilane cita casos de uso excessivo de vitamina D, algo que surgiu ao longo da pandemia, quando a ciência passou a avaliar a relação entre a deficiência desse pró-hormônio e o aumento do nível de moléculas no organismo que causam infecção – as citocinas, cujo excesso está ligado a problemas pulmonares e ao agravamento do quadro de Covid-19. Em exagero, a vitamina D pode trazer problemas como o aumento de cálcio no intestino e o risco de nível elevado de cálcio no sangue. Os resultados podem ser anorexia, desidratação e até insuficiência renal aguda, com risco de morte.
Um tratamento com antibiótico para uma infecção bacteriana pode, por exemplo, causar incômodos ao paciente, já que o medicamento passa pelo estômago e, nessa passagem, causa alteração na mucosa gastrointestinal.
LEIA MAIS:
Saiba como combater a halitose
Deixe um comentário