Após quase cinco anos e muita polêmica, Santos deve receber, ainda no primeiro semestre de 2025, a segunda fase do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O novo trecho de oito quilômetros de extensão ligará a Linha 1 (a partir da Estação Conselheiro Nébias) ao Valongo, na Região Central de Santos.

As críticas à nova fase do projeto ganharam força em 2024, quando moradores e comerciantes das vias envolvidas no traçado reclamaram da  demora na execução das obras. Além disso, o trânsito da cidade acabou comprometido nesse período. Os responsáveis pela execução do trajeto são o Governo do Estado, por intermédio da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e a realização da obra é da Alya Construtora.

Diferentemente da primeira fase, na qual as composições circulam em áreas isoladas do tráfego, agora o VLT irá circular por ruas e  avenidas, disputando espaço com carros, motos, bicicletas, ônibus e caminhões. E a dúvida está em saber como a cidade irá se preparar para este  momento.

Um dos conflitos pode estar em cruzamentos, onde veículos podem avançar sobre os trilhos para acessar a próxima via. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), este cuidado já está sendo tomado. Os veículos poderão acessar a faixa do VLT para executar as conversões à esquerda ou direita e esse ingresso será sinalizado com a interrupção da faixa contínua, que se tornará seccionada nas proximidades das esquinas. Na fase 1, o VLT trafega à velocidade média de 16 km/h.

Outro cuidado é com relação aos pedestres. A CET afirma que, ao longo de todo o trajeto haverá travessias de pedestres devidamente sinalizadas, com placas de advertência para os pedestres informando sobre a passagem das composições. Para evitar que veículos sejam estacionados sobre os trilhos, a operação do VLT será monitorada pelas câmeras da Central de Controle Operacional da CET-Santos.

Além das câmeras, agentes de trânsito em motos percorrerão o percurso. Quando constatado veículo sobre a linha, há tentativa de  localização do condutor, visando a retirada do veículo. Não havendo êxito, é feita a remoção do veículo por meio de guincho.