Inclusão

TEA: Cidades têm acompanhamento desde a infância

05/04/2025 Paulo Rogerio
Fernando Yokota/Jornal da Orla

Ao inaugurar, na última quarta-feira, a Clínica de Neurodesenvolvimento, a Prefeitura de Santos ampliou o atendimento a pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras necessidades relacionadas ao neurodesenvolvimento. Está certo que o equipamento entregue é voltado à Capep-Saúde, órgão que oferece assistência médico-hospitalar aos servidores municipais, mas junta-se a este serviço tudo o que a Prefeitura já oferece. Aliás, o poder público tem dado atenção a este público em toda a Baixada Santista.

A Clínica de Neurodesenvolvimento Capep-Saúde promoverá o treinamento parental. O objetivo é proporcionar autonomia, independência e bem-estar tanto para os pacientes quanto para seus familiares.

Mas, em Santos, tudo começa nas policlínicas.  As pessoas com TEA, com diagnóstico fechado ou não, passam por consulta para que possam ser encaminhadas aos serviços especializados para acompanhamento.

Um deles é o Centro Especializado em Reabilitação (CER), equipamento voltado à reabilitação e/ou estimulação física e intelectual de pacientes. O paciente é atendido por equipe multiprofissional, formada por fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo e neurologista (adulto e infantil).

Nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), o acesso também é realizado mediante encaminhamento da policlínica ou por demanda espontânea, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Os pacientes com TEA assistidos pelos Caps são aqueles que passam por algum sofrimento decorrente não apenas do transtorno. São acompanhados por equipe multidisciplinar, responsável pelo desenvolvimento do Projeto Terapêutico Singular, que norteia o acompanhamento daquele paciente. Os profissionais que compõem a equipe são psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, acompanhantes terapêuticos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos e médicos.

Já no Centro de Reabilitação e Estimulação do Neurodesenvolvimento (Cren, conhecido como Clínica-Escola do Autista) o atendimento é exclusivo para pessoas com TEA. O equipamento atende 180 famílias. O espaço desenvolve a socialização e promove a autonomia para a realização de atividades cotidianas. São 16 salas de atendimento, duas de integração sensorial, duas de intervenção pedagógica e uma de musicoterapia. Além disso, há dois espaços diferenciados, como uma casa modelo, com banheiro, cozinha, sala e quarto, simulando as tarefas do dia a dia, e o espaço de convivência ‘Ana Lúcia Félix’, para realização de cursos profissionalizantes destinados às mães dos pacientes.

Educação

A rede Municipal de Educação de Santos (86 UMEs) atualmente atende 1744 alunos com deficiência, entre eles 1327 com Transtorno do Espectro Autista. Há 13 instituições conveniadas, que realizam o atendimento de 1422 crianças, jovens e adultos. São essas: 30 de Julho, Aces – Associação das Crianças Especiais de Santos, AMEM – Associação Menor Enfermo Mental, APAE- Escola de Escola Especial, APAEA – Associação dos Pais, Amigos e Educadores de Autistas, CIEESH – Centro Interdisciplinar de Educação  Simone Horsel, CCEV – Centro de Convivência Esperança e Vida, Cerex – Associação de Pais Pró Centro de Recuperação do Excepcional, Instituto Evolução, Lar das Moças Cegas, MEIMEI – Associação Espírita Seara de Jesus,  NAPNE – Associação dos Portadores de Deficiência Mental, Nurex – Núcleo de Reabilitação dos Excepcionais São Vicente de Paulo. Além disso, 54 veículos realizam o transporte dos PcDs.