
Concentrados nas galerias da Câmara Municipal, os servidores municipais de Praia Grande protestaram e fizeram muito barulho na sessão desta manhã. Diante dos protestos, o presidente Marco Antônio de Sousa (MDB) suspendeu os trabalhos . Nova sessão será na sexta-feira, dia 28, às 10 horas.
A greve continua nesta terça-feira, quando acontece uma audiência de conciliação on-line no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), às 14 horas, entre Sindicato dos Servidores e a Prefeitura. Perto de 1,5 mil pessoas estiveram participaram ontem de um ato em frente ao Paço Municipal.
Os trabalhadores seguem concentrados em frente à Câmara Municipal (Praça Ver. Vital Muniz, 01 – Boqueirão), desde 8 horas. Os trabalhadores ficarão atentos aos rumos da audiência de conciliação.
“Esperamos que a Prefeitura venha com uma boa proposta. Se tiver algo, marcamos uma assembleia com a categoria para decidir o que faremos”, afirmou Adriano Lopes, o Pixoxó, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Praia Grande.
A Prefeitura de Praia Grande informou que, na última sexta-feira, a determinação da Justiça de que 70% dos servidores deveriam permanecer nos locais de trabalho não foi cumprida. “Este número não foi respeitado em setores específicos, como entre os funcionários da Secretaria de Educação. Nesta segunda-feira, o impacto maior desta paralisação ocorreu novamente na área de Educação, em que algumas escolas dispensaram os alunos de tempo integral por falta de profissionais, em especial na área da cozinha. E foi notado também que muitos pais e responsáveis optaram por não levar as crianças para as unidades. A Secretaria de Educação segue atuando para organizar as equipes da melhor forma possível. Nas demais áreas da Administração Municipal, como saúde, zeladoria pública, entre outras, os atendimentos seguem sendo realizados”. A Administração Municipal informou ainda que segue apurando a situação e cumprimento da determinação da Justiça.
O presidente do sindicato rebateu. “A Educação tem mais de seis mil funcionários. Agora, respeitamos a decisão da Justiça de manter 70% dos servidores trabalhando e os serviços não ficaram fechados”, disse Pixoxó.
DECISÃO
O movimento foi decidido em assembleia realizada em 17 de março, depois da categoria não ter recebido proposta de correção salarial por parte da Prefeitura para os próximos três anos. O Sindicato afirmou que a Prefeitura está informando que a data-base é abril, mas a Lei Orgânica de Praia Grande determina que a correção anual seja em janeiro, quando acontece o reajuste do salário-mínimo pelo Governo Federal.
A categoria reivindica reposição de 14% nos salários, sendo 7,5% baseados no aumento do salário-mínimo vigente, 3,5% do índice IPCA e outros 3% referentes a uma correção já judicializada durante a gestão passada, mas ainda não cumprida. Os servidores também reivindicam aumento nos benefícios de vale-alimentação e vale-refeição e a adoção de um plano de saúde para os funcionários e dependentes, sem desconto no holerite.
Matéria atualizada às 11 horas
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