Economia

Secretário explica como seriam as Rotas Turísticas

06/05/2025 Mariana Nerome
Fernando Yokota

Em sua fala aos empresários, na manhã de ontem (5), no auditório do Senai, em Cubatão, o secretário Jorge Lima também levantou a questão do turismo como uma das bases do desenvolvimento. Para Lima, uma das maneiras mais inteligentes de gerar interesse e otimizar o turismo é a regionalização que, na sua visão, passa pela criação de Rotas Turísticas, que unem cidades em torno do mesmo interesse.

“A experiência nos mostra que o investimento em apenas uma cidade funciona, mas não é o ideal. Uma região como a Baixada Santista tem em todas as suas cidades vários locais atrativos. O importante é que tenhamos um projeto de integração”, disse.

De acordo com Lima, Santiago de Compostela, muito famosa, é uma rota religiosa e turística que integra três países de maneira igual. “Se é possível, em três países (França, Portugal e Espanha), um trabalho de estrutura conjunta seria muito mais simples numa região como a Baixada”.

O secretário de Cubatão, Fabrício Lopes concordou com Jorge Lima. “É uma questão do empresariado nos ajudar a criar as rotas. É possível, sim, fazer o turista visitar uma cidade e ter interesse em conhecer as atrações de outra”.

Jorge Lima lembrou a estadia dos navios de cruzeiro em Santos. “Os navios param, as cidades têm atrações diversas e são rotas curtas. É viável que o turista visite Santos, mas queira conhecer Cubatão – uma cidade que conseguiu se livrar do estigma da poluição e hoje é referência mundial na questão ambiental. Da mesma forma, poderia ir até Praia Grande. São cidades com distâncias possíveis de serem percorridas de forma rápida, basta integrar suas atrações”, disse.

Para ele, o estado precisa utilizar o turismo interno, já que movimenta 49 milhões de pessoas, “na região da Baixada Santista caberia um resort grande e não existe. Público, nós temos. Então é só de redesenhar padrões e adequá-los. Atualmente, todo mundo reclama da Imigrantes, mas isso deveria ter sido pensado há 10 anos. Agora, vamos esperar dois anos de projeto e mais oito de obra. Avançar é fruto de projeções dos planos de curto, médio e longo prazo”.