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Empresas chinesas miram no mercado brasileiro e encontro realizado na Associação Comercial de Santos é tido como uma porta aberta às trocas com empresas da Baixada Santista
Trocar experiências, mirar em novas oportunidades de negócios, ativar conexões e parcerias e incrementar relações comerciais, principalmente entre os pequenos negócios. Estes foram os temas do encontro “Oportunidades de Negócios Brasil e China – Panorama 2025”, promovido pela Câmara de Comércio Brasil-China (CCCB), na manhã de ontem (19), na Associação Comercial de Santos (ACS), e reuniu especialistas e representantes de empresas de comércio exterior da Baixada Santista.
De acordo com Marília Ferreira, supervisora comercial da empresa santista Process Log & Comex, o encontro tem grande importância para o desenvolvimento dos negócios. “Estamos muito animados. Aqui temos o maior porto da América Latina, nossa empresa agrega muitos serviços e pouca gente tem conhecimento do que realmente fazemos”, disse Marília.
A Process Log & Comex é especializada em logística de importação e exportação porta a porta. E um dos painéis foi apresentado pela supervisora comercial que conseguiu marcar duas reuniões com possibilidade de negócios. “É em momentos como esses que os parceiros surgem”.
“Temos alguns clientes de fora, mas precisamos fomentar mais nosso negócio neste segmento. E divulgar os serviços que prestamos aqui em Santos. Eventos assim são uma grande oportunidade”, acrescenta Marília.
RELAÇÕES
Embora a relação comercial bilateral sino-brasileira pareça amistosa, para Mariana Bahia, diretora executiva da CCCB, ainda há muito entrave nos pequenos negócios entre os dois países. “Não existe mais o mito de que o produto chinês seja de menor qualidade ou que é necessário fechar um contêiner único para poder trazer um determinado produto. Eventos assim ajudam a desmistificar e tirar o medo do médio e pequeno e trazer a realidade mais próxima dessas empresas”, destaca.
Mariana destaca a importância da relação direta entre os empresários dos dois países. “Embora grande parte das operações aconteça entre empresas de maior porte, é na diversificação dos setores que se encontram as melhores possibilidades. Há muitas empresas chinesas querendo entrar no nosso mercado e que não tinham uma porta aberta. Nossa ideia é ser essa ponte das parcerias comerciais”, diz.
SÉRIE
Esta foi a segunda de uma série de encontros entre empresários realizadas pela ACS. Eduardo Lopes, gerente-executivo da Associação, aponta que, quando se trata de comércio exterior, é impossível não relacionar a China. “O comércio com o país asiático representa em torno de 32% de nossas exportações e 25% de nossas importações. E, neste contexto, o Porto de Santos é a principal porta de saída e entrada, por onde se realizam essas trocas”.
O executivo ressalta a necessidade do setor estar sempre atualizado quanto aos processos entre os dois países e, através desse conhecimento, criar oportunidades. “É um país completamente diferente do nosso, seja em cultura ou nos costumes, sem falar do fuso-horário. Porém é um dos nossos principais parceiros. Em geral, é a China que ocupa o papel principal, quando há alguma situação de ruído comercial, como acontece agora com os Estados Unidos. Nós da ACS, junto com a CCCB, procuramos facilitar o relacionamento, mantendo aberto esse diálogo, e temos sido o canal aqui na região que possibilita essa geração de negócios.”, explicou Lopes.
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