No final do jantar de encerramento do Seminário Internacional do Café, o ex-secretário de Assuntos Portuários de Santos, Eduardo Lopes, dizia:
“A cidade precisa de mais eventos desse porte.”
Ele tem razão. Precisa mesmo. E a porta está aberta. O Seminário mostrou o caminho.
A diretoria da Associação Comercial de Santos, presidida por Mauro Sammarco, o quadro de funcionários, comandado por Adalto Correa de Souza Junior, e a Prefeitura de Santos, gestão Rogério Santos, que abraçou essa promoção, acertaram em cheio.
Os números impressionam. Até antes da pandemia, o Seminário trazia a Santos cerca de 300 participantes. Esse número dobrou em 2022 e mais que triplicou neste ano. Mais de 900 pessoas de todas as partes do Brasil e de 33 outros países.
A cidade vem perseguindo o turismo de negócios há mais de 20 anos. Um marco dessa história é o ano de 2001, quando foi inaugurado o Mendes Convention Center. Um processo de profissionalização com mais avanços do que retrocessos (como o do período da pandemia) vem se cristalizando. E estava traduzido na terça, na quarta e na quinta-feira no Blue Med Convention Center, na Ponta da Praia. Impecável. Do nível das palestras à infraestrutura, da retaguarda hoteleira que a cidade oferece à integração dos restaurantes, da abertura solene ao show da cantora Elba Ramalho.
O Brasil é o maior produtor mundial de café e também o maior exportador. A marca Café do Brasil só precisa de um impulso de marketing de qualidade e continuidade para se fixar no mundo como uma grife do topo. Na palestra do publicitário Hugo Rodrigues, santista, executivo da McCann, agência de publicidade gigante no mundo, isso ficou bastante claro.
E o Porto de Santos, que tem uma história associada a essa marca, dá à cidade a oportunidade de sediar o maior encontro dedicado ao café do planeta e de com ele dar um passo decisivo na trajetória de se tornar um endereço importante na agenda do turismo de negócios no Brasil.