A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) marcou para o dia 6 de março o início da renovação da tubulação coletora de esgoto localizada sob a pista Centro/Praia da Avenida Ana Costa, no trecho entre a Avenida Francisco Glicério e a Rua Goiás, no Gonzaga, em Santos. O trecho precisará ser parcialmente interditado durante a execução das obras, que têm previsão de término no dia 30 de julho. Tanto a Sabesp quanto a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos de Santos (Seinfra) afirmaram que as obras irão eliminar os afundamentos do asfalto na Rua Goiás. Incidentes recentes vitimaram pessoas e trouxeram vários transtornos para os moradores do local.

O diretor operacional da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), Flávio Brito Junior, disse que as obras vão provocar alterações no trânsito na Avenida Ana Costa. “De segunda a sexta haverá uma faixa de rolamento interditada e, sábados e domingos, duas”, afirmou. Flávio fez questão de ressaltar que a obra é da Sabesp. “A CET vai dar apoio total, com agentes em campo dando auxílio na fluidez do trânsito e na segurança dos pedestres. Iremos acompanhar as quatro fases que a Sabesp propôs durante a obra e estaremos adotando medidas necessárias para rotas alternativas, propiciando o máximo possível a esse fluxo de trânsito que a Ana Costa recebe diariamente”, declarou.

Questionado sobre como a Prefeitura está tratando a questão, para não ficar com as críticas de uma obra que vai impactar o tráfego e a vida dos moradores daquela área, o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Santos, Fabrício Cardoso, lembrou que a Sabesp apresentou para a Administração Municipal a continuidade do que foi feito na Rua Goiás, pois havia o risco de um solapamento na rede coletora, o que poderia ocasionar queda de veículos. Nessa apresentação, a empresa mostrou um método novo, que ocuparia duas faixas na avenida durante toda a execução das obras.

“Ia demorar cerca de um ano. Após diversas conversas, negamos e foi proposto, há pouco tempo, esse método destrutivo que vai ocupar apenas uma faixa de rolamento, mas que, mesmo assim, vai trazer transtornos”.
Ele citou que a Sabesp providenciará toda a sinalização por exigência da Prefeitura. “É uma obra deles e, se não estiver bem sinalizada, quem não conhecer vai pensar que é uma intervenção do Município, e não é. Vamos acompanhar de perto e exigir”. Sobre o afundamento do asfalto na Rua Goiás, Cardoso lembrou que o problema será resolvido.

“Na Goiás, com esse método não destrutivo, onde há um encapsulamento da tubulação existente, você acaba não tendo mais a areia que entra na tubulação da rede coletora, e acaba fazendo com que ceda o asfalto, o que formava os grandes buracos. O risco de acontecer algo semelhante na Ana Costa causaria uma intervenção gigantesca, pois teria, no mínimo, que utilizar duas faixas de rolamento. Isso fez com que eles (Sabesp) optassem por um método mais caro, mas que traria o resultado que a gente espera “.

Estiagem

A diretora regional da Sabesp na Baixada Santista e Vale do Ribeira, Olívia Mendonça, disse que é possível antecipar o cronograma e as obras serem encerradas antes do prazo pré-estabelecido. A dirigente não descartou, entretanto, a possibilidade de fortes chuvas, que possam atrasar a execução. “Isso pode acontecer ou não. O dia 30 de julho já é um prazo que em que consideramos isso. Vai ser um período mais seco, o inverno”.

Ela ressaltou que a conclusão dos serviços garantirá melhorias no funcionamento das instalações que coletam os esgotos dos imóveis da Zona Leste de Santos, reforçando a eficiência na operação do sistema de esgotamento sanitário, em benefício direto a cerca de 40 mil pessoas desta região.

A Sabesp está investindo R$ 5,3 milhões e o prazo de execução é de 150 dias (cinco meses). As intervenções não irão alterar o fluxo da coleta dos esgotos dos imóveis locais. E, antes dos serviços começarem, serão encaminhadas mensagens, via SMS e WhatsApp para clientes do entorno, informando sobre as obras. Além disso, serão distribuídos folhetos informativos entre residências e comércios, esclarecendo sobre os benefícios e a necessidade de vistorias prévias nas áreas de abrangência.