Os distúrbios do sono atingem cerca de 45% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Um dos principais problemas é a apneia obstrutiva do sono, que atinge cerca de 32% das pessoas.
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma condição em que a pessoa para de respirar repetidamente durante o sono, devido à obstrução das vias aéreas superiores. Isso pode resultar em uma redução da oxigenação sanguínea e fragmentação do sono, o que pode levar a sintomas como ronco alto, sonolência diurna, cansaço, irritabilidade e dificuldade de concentração.
A AOS pode ser tratada com terapia de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) ou outros dispositivos médicos, bem como por mudanças no estilo de vida, como perda de peso, exercício regular e evitar álcool e sedativos.
Outro distúrbio do sono é a síndrome da resistência das vias aéreas superiores. Ela ocorre quando as vias aéreas superiores se tornam parcialmente obstruídas durante o sono, causando ronco e despertares breves. Isso pode levar a sintomas semelhantes aos da apneia obstrutiva do sono, incluindo sonolência diurna, cansaço e irritabilidade.
O tratamento pode incluir a utilização de dispositivos médicos, como aparelhos dentários ou dispositivos de pressão positiva nas vias aéreas, bem como mudanças no estilo de vida, como perda de peso e evitar álcool e sedativos.
Prejuízos sociais
Segundo o otorrinolaringologista Lucas Vaz Padial, não tratar os distúrbios respiratórios pode gerar inicialmente uma queda de produtividade e alterações de humor, afetando o trabalho e as relações interpessoais. Mas a longo prazo as consequências podem ser ainda mais graves: “A apneia obstrutiva do sono é um fator de risco importante para dano cardíaco e cerebral a longo prazo, como o AVC e o infarto agudo do miocárdio”, explica.
Sinais de alerta
Ronco, apneia (pausa respiratória) presenciada pelo parceiro, sonolência excessiva diurna, cansaço ao longo do dia, dor de cabeça pela manhã, baixa produtividade e alterações cognitivas (concentração e memória), alterações de humor.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito por um pneumologista, alergista, otorrinolaringologista ou profissional de saúde especializado em distúrbios do sono. Os profissionais solicitam exame físico e testes de diagnóstico como radiografias torácicas, espirometria e oximetria de pulso.
Tratamentos para distúrbios do sono
Os distúrbios respiratórios podem ser tratados de várias maneiras, dependendo do tipo e gravidade do distúrbio. Os mais comuns são:
Medicamentos – Os medicamentos são frequentemente prescritos para tratar distúrbios respiratórios, incluindo broncodilatadores, esteroides e anti-histamínicos.
Terapia respiratória – A terapia respiratória pode ajudar a melhorar a capacidade respiratória e reduzir os sintomas de distúrbios respiratórios. A terapia pode incluir exercícios respiratórios, uso de ventiladores e terapia de oxigênio.
Estilo de vida – Fazer mudanças no estilo de vida pode ajudar a reduzir a gravidade dos distúrbios respiratórios. Isso pode incluir parar de fumar, evitar a exposição a alérgenos e irritantes ambientais, manter um peso saudável e exercitar-se regularmente.
Cirurgia – Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para corrigir problemas respiratórios. Isso pode incluir a remoção de pólipos nasais, a correção de desvios de septo e a remoção de amígdalas ou adenoides.