Saúde

Pesquisa aponta que mulheres sofrem mais de ansiedade

11/10/2024
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Uma pesquisa realizada pelo instituto IPSOS no Brasil mostra que mulheres sofrem mais de ansiedade do que homens. A pesquisa faz parte do estudo “Calendário da Saúde” e ouviu médicos, especialistas e mais de 1.000 pessoas em todas as regiões do país.

O estudo revelou que 45% dos entrevistados mencionaram sofrer de ansiedade, com uma maior prevalência entre mulheres (55%) e jovens de 18 a 24 anos (65%). Já os que afirmam ter depressão entre os entrevistados somam 19%, sendo novamente a porcentagem de mulheres (24%) maior que a dos homens (13%).

“Vemos que o Brasil segue se destacando em incidência de problemas relacionados à saúde mental. Em outros monitoramentos realizados pela Ipsos, o país costuma liderar no tema da ansiedade e estar entre os mais altos índices na autodeclaração de depressão quando comparados com outros países”, explica Amanda Sousa, Gerente de pesquisas de saúde na Ipsos.

Outubro Rosa e a saúde mental

Em um mês dedicado ao combate contra o câncer de mama e útero, a pesquisa também identificou que tratamentos oncológicos tem grande impacto na saúde mental dos pacientes.

Mais de 53% dos oncologistas entrevistados indicaram que problemas de saúde mental são muito comuns entre seus pacientes, e 81% destacaram que esses transtornos impactam significativamente o sucesso do tratamento. Apesar disso, apenas 56% dos profissionais afirmam ser uma prática comum o encaminhamento dos pacientes oncológicos para serviços especializados em doenças mentais para realizarem um acompanhamento conjunto, mostrando uma necessidade de suporte à saúde mental como um aspecto complementar ao tratamento oncológico.

Segundo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente em mulheres, após o câncer de pele. Para o Brasil, foram estimados 73,6 mil novos casos em 2024, com um risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. É relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima desta idade a incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. O Ministério da Saúde afirma que cerca de 17% dos casos podem ser evitados por meio de hábitos de vida saudáveis.

O câncer do colo do útero, por sua vez, é o segundo tipo mais comum entre as mulheres no mundo, depois do câncer de mama, e a principal causa de morte por câncer entre mulheres em muitos países. No Brasil, é o terceiro tumor mais incidente na população feminina com 17 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025, correspondendo a uma taxa de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.

“O câncer de mama e o câncer de colo de útero são dois dos mais comuns entre mulheres no Brasil. Mas existe cura e prevenção. O diagnóstico e o tratamento para todos os tipos de câncer estão disponíveis no SUS, assim como a vacina HPV, para prevenção do câncer de colo de útero, e a mamografia, para a prevenção do câncer de mama”, conclui a ministra Nísia Trindade, da Saúde.