Reeleito com mais de 87% dos votos válidos e apoiado em uma coligação com nove partidos, o prefeito Kayo Amado (Pode) não parece preocupado com possíveis pressões para acomodar representantes do amplo espectro político ao seu redor e refuta críticas sobre inchaço da máquina administrativa, em função dos apoios.
De acordo com ele, a composição partidária é reflexo do sucesso dos primeiros quatro anos da gestão. “Um governo bem aprovado conseguiu fazer boas composições políticas. E boas composições políticas também fazem com que o governo possa ser bem aprovado. As duas coisas se encaixaram em torno da cidade. Nunca se assinou tantos convênios. Se um deputado queria mandar R$ 300 mil, eu aceitava. Se queria mandar R$ 3 milhões, eu aceitava. E assim, fomos fazendo investimentos”, diz.
Para Kayo Amado, São Vicente vive um momento de “paz política que foi fundamental para a cidade se desenvolver”. Ele lembra que o município passou por duas gestões que brigaram com o governo do Estado. “Eu tive que ter habilidade para gestão – para conseguir controlar essa cidade cheia de dívida, de caos e demandas – e ter habilidade política, para entender o que cada um esperava, e ir mediando. Mas não inchou a administração. Diminuiu o número de comissionados, inclusive”, garante.
O prefeito afirma que, nos últimos 20 anos, sua gestão “é a que menos comissionados tem”. Diz ter reduzido em 100 o número de comissionados – atendendo orientação do Ministério Público, inclusive – e cita a extinção da Codesav, que classificou como “balcãozão de negócios”. Ficou a dívida, diz Amado, explicando que a Codesav tinha o dobro de comissionados que havia dentro da prefeitura.
“O nosso governo, de alguma forma, reduz o número de comissionado, consegue entregar um serviço melhor para as pessoas, melhora a autoestima da cidade e tem aprovação boa. Quem era adversário começa a enxergar que a gente está fazendo um governo bom. Rapidamente, eu percebi que a gente precisava de dinheiro de fora. Começo a ver os deputados e perceber que podem ser parceiros da cidade, e não adversários para brigar. Começo a trazer dinheiro do mandato deles para dentro da cidade. Asfalto uma rua, arrumo uma praça, resolve uma UBS. E assim a gente cria um ambiente propício para todo mundo querer ajudar a cidade”, declara.
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