Pacientes de terapia com cães da Clínica-Escola do Autista de Santos demonstram avanços no tratamento

A tarde desta quarta-feira (19) na Clínica-Escola do Autista foi marcada por uma “despedida temporária”. Os pacientes deram um “até breve” aos cães que participaram da primeira fase do projeto-piloto de cinoterapia no equipamento. Localizada na Rua Heitor Penteado, 80, Marapé, a clínica-escola é o primeiro Centro de Reabilitação e Estimulação do Neurodesenvolvimento (Cren) com atendimento 100% SUS do País.
O projeto de cinoterapia é realizado com cães da Guarda Civil Municipal (GCM) e será retomado em agosto. A psicóloga Juliana Olivieri Marques cita o avanço de um dos atendidos na clínica-escola, a partir da introdução da cinoterapia. “Temos o caso do Jorge, que passou a trabalhar a autorregulação e também um controle instrucional mais colaborativo. Neste processo, tem respondido positivamente, tendo bons resultados e agora a gente consegue fechar um positivo em relação a conseguir ter um autocontrole”. Outro avanço, diz a especialista, foi com relação à questão da regulação emocional. “A gente vê ele mais solto para conversar. Paralelamente, acabou contribuindo com a comunicação social dele”.
A iniciativa com os cães começou em março, sempre nas tardes de quarta-feira. A cinoterapia colabora com o desenvolvimento das interações sociais a partir da interação com o animal, os colegas e o terapeuta. A ideia é que a clínica-escola se torne um campo de pesquisa científico para esta metodologia para ampliar as evidências de contribuição terapêutica.
INTERAÇÃO
A inspetora da GCM Nizete Maurício dos Santos cita a evolução das crianças a partir do início do projeto com os cães. “Está sendo maravilhoso. Eu adoro estar aqui e fazer este trabalho com o Ozzy (um dos cães do projeto). Cada dia que passa eu aprendo mais com eles”.
Aproveitando a festa junina realizada no local na tarde de quarta-feira, a ex-paciente da clínica-escola Cawany Cristine Ripardo de Araujo, de 20 anos, conta que ainda frequenta a instituição para fazer curso de corte e costura. “É uma instituição maravilhosa. Os profissionais cuidam muito bem de nós, com carinho. Sempre que puder, eu venho”.
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