Um assunto que vem causando polêmica nos últimos dias, a ozônioterapia é a mais nova das Práticas Integrativas e Complementares (PICS) sancionadas pelo governo federal. O tratamento consiste na mistura entre os gases ozônio e oxigênio e tem a finalidade de combater infecções de origem bacteriana, inflamações e também tem a função bioestimuladora.
A terapeuta Odete Portela afirma que a terapia não é excludente e pode auxiliar no tratamento de problemas como lombalgia e cervicalgia e enxerga a regulamentação de forma positiva.
“Acredito que é um avanço importante, considerando trabalhos científicos robustos que vêm mostrando os efeitos clínicos da terapia com ozônio em diversas patologias. A regulamentação gera segurança, pois exclui a realização da terapia por terapeutas e técnicos que não tenham graduação”, afirma.
Em complemento, a fisioterapeuta Vanessa Passos, que também faz uso da ozonioterapia em seus tratamentos, afirma que o ozônio é seguro e comprovado cientificamente. “Se você pesquisar no PubMed, vai achar diversos artigos comprovando a eficácia do ozônio no tratamento. Além disso, existem pouquíssimas contraindicações”, comenta.
Sobre as contraindicações, Odete pontua que são poucas situações como a deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), distúrbio de coagulação e trombocitopenia (plaquetas abaixo de 50.000), angina vasoespástica e convulsões. “Antes de iniciar o tratamento com ozônio, é necessária uma avaliação clínica, rigorosa, por profissional habilitado e, após isso, se estabelecer um Plano Terapêutico, junto com o paciente”, alerta.
Apesar dos benefícios citados anteriormente pelas terapeutas, o Governo Federal sancionou a utilização da ozonioterapia apenas para fins odontológicos e estéticos.