No calor em excesso, os vasos se dilatam e a pressão cai. Já com o frio, acontece o contrário: há uma vasoconstrição, que dispara a pressão arterial. Em ambos os casos, o coração acaba sobrecarregado. Esta mistura pode ser extremamente perigosa para quem já tem alguma doença crônica ou sofre de problemas circulatórios”, esclarece.
O médico desportista Fábio S. Cardoso, especialista em medicina preventiva e longevidade, faz um alerta sobre os riscos que o choque térmico representa para o organismo. “Mudanças bruscas de temperatura, como sair da sauna e tomar uma ducha fria ou sair do ar condicionado a 18’C para a rua neste verão com 39’C, exigem um esforço de adaptação muito grande do organismo.
Os choques térmicos podem levar a arritmias cardíacas, alterações metabólicas e pulmonares e em todo o sistema cardiovascular que, quando comprometido, amplia o risco de infarto e derrame cerebral, podendo até provocar uma parada cardíaca. Mais comuns são as infecções respiratórias, facilitadas nessas condições, com alterações desde o nariz (alteração no sistema de limpeza ciliar) até o pulmão.
A recomendação do médico vale para todos os dias, e não só na praia ou na piscina: “a pessoa deve se manter sempre bem hidratada, tomar muito líquido e não dar um mergulho na água gelada se estiver com a pele muito quente. O ideal é refrescar-se aos poucos, molhando o corpo por partes”.
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