As quedas em casa representam uma das principais causas de acidentes e hospitalizações entre os idosos, sendo um problema significativo tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% das pessoas com 65 anos ou mais caem ao menos uma vez por ano. Este cenário é particularmente preocupante no Brasil, onde a população de idosos está em constante crescimento, e a incidência de quedas tende a aumentar com o envelhecimento da população.
Nessas ultimas semanas, tivemos dois casos de grande repercussão como o do presidente Lula, que caiu no banheiro de sua residência, resultando um corte em sua nuca e Agnaldo Rayal, que infelizmente faleceu após sofrer uma queda dentro de seu apartamento. As quedas podem ocorrer por uma combinação de fatores físicos, ambientais e comportamentais. Entre os mais comuns, destacam-se:
- Diminuição da força muscular e equilíbrio: Com o envelhecimento, o corpo sofre uma perda natural de massa muscular e da capacidade de coordenação motora, tornando mais difícil manter o equilíbrio.
- Problemas de visão: A presbiopia (dificuldade de enxergar de perto), catarata e outros problemas visuais são comuns entre os idosos, o que dificulta a percepção de obstáculos e pode levar a quedas.
- Doenças crônicas: Condições como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, artrite e Parkinson aumentam o risco de quedas, pois podem afetar a mobilidade, a força e o controle motor.
- Medicamentos: O uso de certos medicamentos, especialmente os que afetam o sistema nervoso central, como sedativos, antidepressivos, ansiolíticos e medicamentos para a pressão arterial, pode causar tontura, sonolência ou diminuição da coordenação, elevando o risco de quedas.
Outras questões como a falta de exercícios físicos, pisos escorregadios, tapetes soltos, móveis mal posicionados e falta de iluminação adequada são fatores que contribuem diretamente para acidentes. A ausência de barras de apoio em locais estratégicos, como banheiros e escadas, também é um risco significativo.
As consequências de uma queda podem variar de leves a graves, mas, em muitos casos, envolvem complicações significativas para a saúde do idoso como fratura óssea, contusões e hematomas, e principalmente impactos psicológicos, como o medo de cair novamente.
No entanto, com medidas preventivas adequadas, como adaptações no ambiente domiciliar, cuidados médicos contínuos e a promoção de hábitos saudáveis, é possível reduzir significativamente o risco de acidentes. O apoio de familiares, cuidadores e profissionais de saúde também desempenha um papel crucial na proteção e recuperação dos idosos. A conscientização e a ação preventiva são essenciais para garantir uma vida mais segura e independente para essa faixa etária em constante crescimento.