As primeiras grandes iniciativas de orientação e prevenção contra o mosquito Aedes aegypti em Santos em 2025 ocorreram neste sábado (3), na orla. Ao todo, 20 agentes da Secretaria de Saúde (SMS) realizaram ações de conscientização e busca, resultando na abordagem de 300 carros em um pedágio educativo, identificação de dois potenciais focos com larvas em lixeiras e vasos, além de vistorias em canoas e quiosques.

Ainda pela manhã, equipes de combate a endemias percorreram um trajeto que começou no ferry boat e seguiu até a divisa com São Vicente. O objetivo era localizar e eliminar potenciais criadouros ou focos com larvas no calçadão da praia, utilizando larvicidas. Outros agentes da SMS deram informações ao público na Praça das Bandeiras (Gonzaga), sob uma barraca inflável.

Durante as quatro horas de ação no Gonzaga, a equipe distribuiu folhetos informativos e 200 quilos de sal grosso divididos em saquinhos, para aplicar em ralos. O material era entregue a munícipes e turistas que passavam pelas ruas de carro ou se aproximavam da barraca, com o objetivo de prevenir a proliferação das larvas do mosquito. O Aedes aegypti é transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. Em 2024, Santos registrou 5.258 casos de dengue, com quatro mortes, e 155 casos de chikungunya.

“As equipes estão realizando um trabalho eficiente e constante, com foco na conscientização da população. Combater o mosquito é uma tarefa coletiva, em que o apoio do poder público é essencial. Os números preocupam, mas precisamos ressaltar que a verdadeira mudança depende da colaboração de cada cidadão. Somente com a ação de todos conseguiremos reduzir os índices e proteger vidas”, destacou o secretário de Saúde, Fábio Lopez.

ESTRATÉGIA

A chefe técnica da Seção de Controle de Vetores, Ana Paula Favoreto, explicou que as ações deste sábado seguiram uma estratégia diferenciada devido à temporada de férias. “As ações de hoje foram planejadas para coincidir com a temporada de verão e os turistas que recebemos na Cidade. Muitos apartamentos de temporada nesta região ficam fechados por longos períodos, o que dificulta a nossa visita. Por isso, nosso principal objetivo é chamar a atenção dessas pessoas para que possam levar as orientações para seus municípios de origem e adotar cuidados nos locais onde estão hospedadas”.

CONSCIENTIZAÇÃO

A professora Cinara Oliveira, 37 anos, planeja viajar ainda este mês. Moradora de um apartamento na Ponta da Praia, ela se interessou pelas explicações e materiais informativos disponíveis na barraca dos agentes. “Meu apartamento ficará fechado por um longo período durante as férias, então pretendo cuidar dos ralos aplicando sal grosso e comprando tampas para eles. Recebi orientações muito úteis na barraca que vão me ajudar enquanto eu estiver fora da Cidade”, afirmou.