O que fazer – Reza a crença popular que é perigoso acordar um sonâmbulo, mas, segundo os especialistas na área, o perigo está em não fazê-lo. O despertar, contudo, deve ser feito com cautela, pois alguns sonâmbulos podem ficar confusos e até mesmo ser violentos. “O sonâmbulo deve ser acompanhado com calma. Tente levar a pessoa para um local seguro, propiciando um ambiente calmo, fresco, escuro, silencioso para que o sono do paciente volte”, orienta o neurologista. Para evitar acidentes, é preciso se preocupar com janelas de andares altos, tapetes e móveis que possam levar o sonâmbulo a quedas.
Álcool e remédios – Segundo o neurologista, episódios de transtornos semelhantes ao sonambulismo podem ser observados em pessoas que utilizam álcool, drogas ou medicamentos, em especial os de tarja preta, como, por exemplo, o diazepam, clonazepam, alprazolam, e os medicamentos indutores de sono como o zolpidem. “Em qualquer dessas situações o paciente com o distúrbio do sono deve ser acompanhado por um médico de confiança da família. O profissional é essencial para tratar o problema e evitar complicações mais graves”, afirma.
Casos notáveis
Distúrbios mais comuns do sono
O Dia Mundial do Sono, 14 de março, este ano tem como slogan “Sono restaurador, boa respiração, corpo saudável”. A iniciativa é da Associação Mundial de Medicina do Sono (World Association of Sleep Medicine – WASM) e visa à redução das consequências dos problemas do sono na sociedade através da prevenção e tratamento dos transtornos do sono.
Ronco – O ronco é mais frequente em homens, pessoas obesas e piora com a idade. O ronco se classifica em leve, moderado e severo, tem predisposição genética pela própria formação da via aérea e também ambiental.
Apneia – Trata-se da diminuição ou interrupção da respiração por, no mínimo, 10 segundos, levando a pessoa a despertar várias vezes durante a noite. O transtorno é mais comum em homens de meia idade acima do peso e mulheres após a menopausa. Entre outras consequências, é fato de risco para doença cardiovascular.
Síndrome das pernas inquietas – É um distúrbio caracterizado por agitação involuntária dos membros inferiores, mas que pode ocorrer também com os braços, nos casos mais graves. Em geral, os sintomas são mais intensos à noite, fazendo com que a pessoa durma mal ou quase não durma.
Narcolepsia – Ataques irresistíveis de sono frequentes e repentinos, que podem ocorrer em situações em que é necessário estar atento, como ao comer, caminhar, dar entrevistas. Muitas vezes, é tão incontrolável que a pessoa chega a dormir em situações perigosas.
Pesadelos – São sonhos assustadores que usualmente interrompem o sono subitamente por um medo intenso, ansiedade e sentimentos de perigo iminente. As causas podem ser o estresse e a própria falta de sono. Pessoas que sofrem muitos pesadelos ficam com medo de dormir.
Paralisia – Basicamente a pessoa sabe que está acordado e quer se mexer, mas não pode. O distúrbio, de curta duração, já gerou várias lendas ao redor do mundo.
Distúrbio do comportamento REM – Ele é o contrário da paralisia. Quando está em sono REM, a pessoa vivencia o que está sonhando, se movendo demais e podendo se machucar.
Enurese – A criança urina na cama durante a noite. Há dois tipos: enurese primária, em que crianças com mais de 5 anos não conseguem controlar a liberação de urina; e enurese secundária, em que conseguiam controlar e depois voltam a urinar. As causas podem ser emocionais ou hormonais.
Bruxismo – É o ato de ranger ou apertar os dentes durante o sono, o que pode ocasionar dor facial, desconforto muscular ao morder, dores de cabeça, desgaste dos dentes e danos à gengiva.
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