Cena

‘O Intérprete’ é a nova obra do antropólogo Darrell Champlin

06/05/2025 Gustavo Klein
Divulgação

O antropólogo e escritor Darrell Champlin acaba de lançar ‘O Intérprete e os Guardiões da Consciência Coletiva’, livro que combina ficção científica, física quântica, filosofia e espiritualidade em uma narrativa instigante. A obra propõe uma ousada reflexão sobre entropia, consciência humana e as fronteiras do possível, conduzindo o leitor por uma jornada entre o místico e o científico. Conhecido por suas pesquisas sobre sonhos e estados ampliados de consciência.

Champlin transporta agora sua experiência antropológica e psicológica para a ficção, utilizando conceitos da mecânica quântica, como comunicação não-local, colapso da função de onda e emaranhamento quântico, em conjunção com conceitos milenares orientais que se entrelaçam no ainda indecifrado limiar da intercessão entre a consciência e a biologia.

No enredo, um psicólogo, conhecido por suas habilidades com interpretação de sonhos, descobre um padrão global de sonhos recorrentes que indicam um eminente colapso mundial causado pelo fenômeno da entropia, no livro visto como uma entidade viva e dinâmica. Ele percebe, então, que os sonhos são portais para uma realidade multidimensional, capazes de revelar caminhos futuros e conectar consciências.

ENTROPIA

A narrativa gira em torno da missão abraçada pelo psicólogo, ao lado de uma cientista quântica, dois gêmeos e um conselho de anciãos formado por cientistas e místicos entrelaçados pelos sonhos, de compreender, prever e, assim, dominar a entropia. A trama se desenrola em um vale onde a ciência moderna dialoga com a sabedoria ancestral de povos originários, revelando que o conhecimento espiritual pode complementar os avanços da física.

Entre os temas abordados, destaca-se o conceito de campos akáshicos, vistos como uma “biblioteca universal” onde estariam registrados passado, presente e futuro. Também aparece a teoria dos corpos morfogenéticos, que sugere que a herança humana vai além da biologia, incluindo memórias e energias transmitidas por gerações — um novo olhar até sobre a reencarnação e a consciência coletiva.

Champlin ainda provoca reflexões sobre inteligência artificial, levantando a hipótese de que, ao se integrar a uma rede maior de consciência para também se tornar consciente, a IA possa desenvolver uma sensibilidade própria. “Ela pode perceber a realidade de formas que ainda não compreendemos”, afirma o autor.

A obra também foi fruto de descobertas pessoais. Champlin compartilha uma experiência em que uma amiga com quem não falava há um ano sonhou com ele antes de retomar contato. “Isso me fez pensar na força dos sonhos como comunicação entre consciências interligadas”, emaranhadas pela própria mecânica quântica.

Para o autor, a ficção científica permite explorar essas possibilidades de forma criativa, ainda que ele critique o uso superficial e até errôneo dos conceitos quânticos em diversos ramos de aplicação, propostas que nada têm a ver com o que se entende dessa ciência.Entretanto, “a ficção nos dá liberdade para desafiar o que entendemos como real”, diz.

‘O Intérprete’ estará disponível em versões impressa e digital (no site do Clube dos Autores e em breve também na Amazon) e promete instigar leitores interessados nos limites entre ciência, espiritualidade e o futuro da consciência humana.